A assessoria da Polícia Militar divulgou uma nota que rebate as acusações feitas pela judoca Rafaela Silva. A atleta, medalhista de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro, afirmou ter sido alvo de preconceito durante uma abordagem da PM quando voltava de táxi para a sua casa. Na nota, a PM afirma que as palavras de Rafaela "não ajudam o trabalho de quem combate à criminalidade" e que adotou "critérios técnicos e legais para cumprir sua missão de servir e proteger a sociedade".
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De acordo com a atleta, uma viatura policial parou o táxi em que voltava para casa de uma maneira truculenta. Os policiais estavam armados e pediram para que a judoca saíssem do veículo para a realização de uma revista.
"Quando o taxista encostou eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele outro pra minha cara e falou... trabalha aonde? Eu respondi... não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou... vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse... sim, e ele perguntou... mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa", declarou Rafaela Silva.
Confira a íntegra da nota da PM
"As declarações da judoca Rafaela Silva de que teria sofrido constrangimento durante uma abordagem ao táxi em que viajava na quinta-feira à noite, na Avenida Brasil, são injustas e não ajudam o trabalho de combate à criminalidade. A Polícia Militar intensificou o policiamento preventivo nos principais corredores viários da Região Metropolitana para reprimir roubos de veículos e carga , adotando critérios técnicos e legais para cumprir sua missão de servir e proteger a sociedade".
Confira o relato completo de Rafaela Silva
Chegando hoje no Rio de Janeiro, peguei um táxi pra chegar em casa! No meio da av Brasil um carro da polícia passar ao lado do táxi onde estou e os policiais não estava com uma cara muita simpática, até então ok
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Continuei mexendo no meu celular e sentada no Táxi, daqui a pouco ligaram a sirene e o taxista achou que eles queriam passagem, mas não foi o caso, eles queriam que o taxista encostasse o carro
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Quando o taxista encostou eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele outro pra minha cara e falou... trabalha aonde?
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Eu respondi... não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou... vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse... sim, e ele perguntou... mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Na mesma hora o policial baixou a cabeça entrou na viatura e foi embora! Quando entrei no carro novamente o taxista falou que o polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
E o taxista respondeu... essa é aquela de judo, peguei no aeroporto e o polícia falou... ah tá! Achei que tinha pego na favela.
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Isso tudo no meio da av Brasil e todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu, tentando chegar em casa
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Esse preconceito vai até aonde? ????
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018