Duas gerações opostas na vida. Quase 60 anos de diferença. O mesmo amor e destaque entre os veleiros. A 30ª edição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha marcou o encontro de Felipe Hutzler, de 6 anos, e Emilio Russell, de 65 anos. O pequeno garoto tem cinco travessias na conta. Já o mais experiente acumula o recorde de ter participado de todas as provas, além de realizar o trajeto mais 24 vezes. Ambos concluíram desta vez, no início da segunda-feira, no Aventureiro e Lampião, respectivamente.
Emilio Russel sempre viveu ligado ao mar. A paixão é oriunda do pai, que o levava para dentro do barco. Profissionalmente, a vida dele também sempre esteve ligada ao mundo da água salgada. Além disso, por ser um recordista da Refeno, convive com um status de estrela entre os velejadores. É difícil alguém do meio passar por ele e não pedir uma foto ou realizar uma saudação.
Na Refeno 2018, duas gerações unidas pela vela: pic.twitter.com/uxY3IlynLp
— Jornal do Commercio (@jc_pe) October 3, 2018
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“Quero fazer mais regatas. Que eu tenha saúde para concluir todas. São 54 travessias com sucesso. Em todas encontrei a Ilha e não tive nenhuma problema sério. Cansado a gente sempre chega. Mas revigora as energias quando chegamos na Ilha. É o melhor paraíso que existe”, afirmou Russell.
Já o garoto Felipe Hutzer, nas primeiras milhas em alto mar, não esconde a paixão pelo barco do pai e da mãe Hans e Karina. O Aventureiro é o parque de diversões dele que não tem medo das grandes ondas ou tubarão. Durante a entrevista, Felipe ficou tímido na hora de gravar. Porém, desde o primeiro contato com a reportagem do JC se mostrou esperto e ciente das questões técnicas e náuticas. “Velejar é coisa de família. Ele (Felipe) é a quarta geração. Para a gente é natural esse ambiente de mar, barco, velejadas. Felipe quase que nasceu dentro do barco. Proa, polpa são direções naturais”, declarou o pai Hans.