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Tenistas do Brasil buscam técnicos estrangeiros para alcançar 'outro nível'

Os melhores tenistas do País no ranking internacional optaram por técnico estrangeiros pela ausência de profissionais no Brasil. Guga Kuerten destaca que há evolução na modalidade nacional

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Publicado em 20/12/2018 às 8:04
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Os melhores tenistas do País no ranking internacional optaram por técnico estrangeiros pela ausência de profissionais no Brasil. Guga Kuerten destaca que há evolução na modalidade nacional - FOTO: AFP
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Os técnicos estrangeiros estão dominando o tênis de alto rendimento do Brasil. Dos oito melhores do País em simples, seis contam com treinadores de outros países. As exceções são os duplistas Bruno Soares e Marcelo Melo, campeões de Grand Slam, que seguem trabalhando com compatriotas.

A opção por estrangeiros não é algo recente. Dois dos principais tenistas do Brasil, Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni, por exemplo, contaram com estrangeiros por breves períodos em suas carreiras. Mas a presença deles vem aumentando nos últimos anos. Thiago Monteiro (atual 123.º do mundo), Rogério Dutra Silva (165 º) e Thomaz Bellucci (242.º), os três primeiros brasileiros do ranking de simples masculino, têm parcerias com técnicos de outros países. E até treinam fora do Brasil. Os dois primeiros estão na Argentina e Bellucci se mudou para os Estados Unidos neste ano. No feminino, as duas melhores brasileiras - Beatriz Haddad Maia (187.ª) e Carolina Alves Meligeni (365.ª) - também trabalham com estrangeiros.

OPINIÃO DE GUGA

Na opinião de Gustavo Kuerten, a opção se justifica porque a formação de treinadores ainda é um gargalo no tênis brasileiro. "Acho que conseguimos evoluir imensamente na parte embrionária, que é o professor. Ali no início do processo melhoramos muito o nosso tênis. E agora estamos conseguindo trabalhar em equipe para deslocar estes professores para um projeto de alto rendimento", avaliou o tricampeão de Roland Garros, em entrevista ao Estado.

Para Bellucci, cujo atual treinador é o espanhol Germán López, faltam opções no mercado nacional por conta da pouca rodagem em nível mundial. "Existem muitos técnicos bons no Brasil. Mas sem tanta experiência no circuito. É difícil para jogadores como nós pegar um treinador que ainda está aprendendo", comentou o dono de quatro títulos de nível ATP. "No Brasil, tem muita pouca gente que trabalha com tênis. Este é o principal diferencial. Aqui os profissionais competentes são poucos e isso compromete um pouco", disse Guilherme Clezar, atual 251.º do mundo.

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