A norte-americana Serena Williams celebrou nesta quinta-feira a decisão da WTA de dar uma proteção extra às novas mães quando forem realizar seu retorno ao circuito mundial do tênis feminino. "É ótimo", disse, à BBC, a dona de 23 títulos de Grand Slam. "Mulheres que são mais jovens podem ter filhos e não precisam se preocupar com isso, e não têm que esperar até o ocaso de suas carreiras para ter filhos."
As mudanças na regra da WTA foram acordadas neste mês e destinam-se a garantir que os jogadoras não sejam penalizados após o retorno da gravidez ou de uma lesão que cause longa ausência das quadras.
As mudanças foram motivadas em parte pela experiência enfrentada por duas ex-número 1 do mundo, a própria Serena e a bielo-russa Victoria Azarenka, que voltaram a competir depois de dar à luz.
A WTA anunciou que as jogadoras que retornarem ao circuito podem usar uma classificação especial e protegida por até três anos após o nascimento de uma criança, e podem utilizar a exceção para serem cabeças de chave nos Grand Slams.
"Tendo passado pela experiência, eu realmente abri meus olhos. Eu teria feito isso mais cedo se as regras fossem diferentes antes? Eu não sei", disse Serena, em Abu Dabi, onde perdeu uma partida de exibição para a irmã Venus por 2 sets a 1. "Mas agora há uma oportunidade, as pessoas não precisam fazer essa pergunta".
Nesta temporada, Serena não participou como cabeça de chave em Roland Garros, no seu primeiro Grand Slam desde o nascimento da sua filha, apesar de ter ganho o Major anterior que ela havia jogado, o Aberto da Austrália de 2017. A norte-americana foi a 25ª e a 17ª pré-classificada em Wimbledon e no US Open, respectivamente. Chegou à final de ambos, mas perdeu as duas decisões.