Cinco atletas do Sudão do Sul que vivem refugiados em um campo das Nações Unidas no Quênia chegaram nesta sexta-feira (29) ao Rio de Janeiro para participar dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Eles desembarcaram pela manhã no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Os três homens e duas mulheres, que disputarão provas de atletismo sob a bandeira da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, vivem no acampamento de Kakuma.
Leia Também
- Sem viajar ao exterior, Del Nero acompanhará seleção em Goiânia e na Olimpíada
- Perto da Olimpíada, homem é preso no Rio por suspeita de ligação com o terrorismo
- Quase 83% das 187 mil moedas comemorativas das Olímpiadas já foram vendidas
- Canoagem veta participação de cinco russos na Olimpíada
- Vôlei e futebol do Brasil devem ser destaques na Olimpíada
Anjelina Nada Lohalith, no feminino, e Paulo Amotum Lokoro, no masculino, vão competir nas provas de 1.500 metros. As de 800 metros serão disputadas por Rose Nathik Lkonyen, no feminino, e Yiech Pur Biel, no masculino, e as de 400 metros, por James Nyang Chiengjiek. Antes de vir ao Rio, eles passaram por uma temporada de treinamento em Nairóbi, capital do Quênia.
Esta é a primeira olimpíada da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, que será composta por dez atletas na Rio 2016. Os judocas congoleses Yolande Mabika (judô feminino, peso médio) e Popole Misenga (judô masculino, peso médio) vivem no Rio.
“Essa participação na Olimpíada é boa porque, em primeiro lugar, eu, como atleta, me sinto realizado em correr. Em segundo lugar, nós temos uma mensagem para o mundo: apesar de sermos refugiados, somos capazes de fazer qualquer coisa”, disse Yiech Pur Biel, ao desembarcar.
Os nadadores sírios Ramis Anis (100 metros livre e 100 metros borboleta masculino) e Yusra Mardini (100 metros borboleta feminino), que vivem na Europa, também já tinham chegado ao Rio. O único atleta da equipe que ainda não desembarcou na cidade foi o etíope Yonas Kinde, que disputará a maratona.