Os integrantes da equipe brasileira de tênis afimaram nesta quinta-feira em entrevista à AFP que o apoio da torcida pode ser decisivo para ajudar a conquistar a medalha inédita para o país na modalidade.
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"Com certeza pode ser uma vantagem para nós. Os europeus não estão acostumados com a torcida sul-americana, que faz muito barulho e joga junto. Por isso vou tentar jogar com o público desde o início, para que as pessoas possam se sentir parte do espectáculo", prometeu Thomaz Bellucci, número 1 do Brasil em simples e 55º colocado do ranking mundial.
"O público daqui é mais quente, nos motiva e nós festejamos mais os pontos que os europeus, que são mais calados. Isso vai nos ajudar, com certeza", concordou Marcelo Melo, que jogará ao lado de Bruno Soares nas duplas masculinas, maior chance de medalha brasileira no tênis.
"Todo mundo aqui está ansioso pelo início das Olimpíadas e as pessoas que vão assistir às partidas vão querer desfrutar ao máximo, por isso vão torcer como nunca", insitiu.
"É um ponto muito positivo para nós, porque terá muita gente e costumamos jogar muito bem em casa", enfatizou Teliana Pereira, que jogará a competição de simples e as duplas com Paula Gonçalves.
Bellucci fará sua estreia contra o alemão Dustin Brown, "um jogador imprevisível, que às vezes não tem plano de jogo, mas é muito perigoso e já derrotou Nadal duas vezes".
"Os Jogos do Rio são um dos principais objetivos da temporada. Tive uma boa preparação, chego a 100% e tenho esperanças de jogar bem e, quem sabe, ganhar uma medalha, o que seria um salto gigante na minha carreira", completou.
Melo e Soares, terceiros cabeça de chave, iniciam a campanha contra os talilandeses Sanchai e Sonchat Ratiwatana. "São irmãos, jogam juntos a Copa Davis e, por mais que não estejam bem ranqueados, podem ser perigosos", alertou.
Teliana, que ocupa a 135ª posição do ranking, terá uma estreia complicada, contra a francesa Caroline Garcia (32ª).