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Brasil perde para Argentina no basquete em jogo emocionante

Seleão teve chance de vencer por duas vezes no basquete, mas acabou derrotado e se complicou

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Publicado em 13/08/2016 às 17:26
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Seleão teve chance de vencer por duas vezes no basquete, mas acabou derrotado e se complicou - FOTO: Foto: AFP
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RIO DE JANEIRO,  13 Ago 2016 (AFP) - Em uma Arena Carioca lotada para um duelo decisivo e de tirar o fôlego, decidido na 2ª prorrogação, a seleção masculina de basquete do Brasil foi derrotada por 111-107 pela Argentina, pelo Grupo B dos Jogos Olímpicos, um resultado que dificulta suas chances de classificação às quartas de final.

Após a derrota na estreia para a Lituânia e a vitória contra a Espanha em seguida, o Brasil havia dificultado a classificação ao perder para a Croácia, o que tornou o clássico contra a Argentina um duelo de vida ou morte.
   
Com grande atuação, o Brasil comandou o placar durante boa parte do jogo, liderado pelos 24 pontos de Nenê, mas
errou nos momentos decisivos e não encontrou respostas para Andrés Nocioni, cestinha com 37 pontos, e Facundo
Campanazzo, que anotou 33.

Com a derrota, o Brasil permanece na quarta colocação do complicado Grupo B com 5 pontos, mas poderá ser ultrapassado pela Espanha (5ª com 4 pontos), que neste sábado enfrenta a Lituânia (2ª com 6 pontos). Os argentinos assumiram a liderança da chave com 7 pontos e garantiram vaga nas quartas.

Apesar de ter complicado as chances de avançar, o Brasil ainda terá um último duelo decisivo contra a Nigéria (6ª com 3 pontos) que poderá lhe valer a quarta e última vaga do Grupo B nas quartas de final, onde o primeiro colocado do Grupo A, o 'Dream  Team' dos Estados Unidos, estará esperando.

TORCIDA NA PAZ

Antes da partida os capitães das duas seleções, Marcelinho Huertas e Luis Scola, pediram clima de paz aos espectadores e uma torcida com "espírito olímpico". O brasileiro afirmou que "somos irmãos sul-americanos".

As torcidas deram um show à parte, com direito a provocações, incluindo o famoso "mil gols, mil gols, só Pelé" dos brasileiros, para terminar com uma alfinetada no ídolo argentino Maradona.

Apesar das provocações, argentinos e brasileiros conseguiram conviver sem incidentes e o espetáculo em quadra foi à altura do show nas arquibancadas. Após o empate inicial de 10-10 nos primeiros minutos, a Argentina abriu vantagem, primeiro com 15-10 e depois com 24-14, com 12 pontos de Andres Nocioni.

Com ótimo aproveitamento nos arremessos de três pontos, com 6 acertos em 10 tentativas, contra 1 em 5 do Brasil, a Argentina fechou o primeiro quarto com vantagem de 28-19.

O técnico da seleção brasileira, o argentino Rubén Magnano - que comandou os hermanos na conquista do ouro
olímpico em Atenas-2004 - promoveu várias mudanças na equipe entre o fim do primeiro quarto e o início do segundo: as entradas de Raulzinho, Alex, Guilherme Giovannoni e Benite deram uma nova dinâmica ao time.

No meio do segundo quarto, o Brasil, com o apoio da torcida, conseguiu a virada, 37-35, após duas cestas de três pontos de Giovannoni e uma de Benite. A equipe intensificou o ritmo, melhorou o índice de aproveitamento os três pontos (40%, 6 em 15), contou com a queda da Argentina no fundamento (44%, 8 em 18) e encerrou o primeiro tempo com boa vantagem de 52-44.

EMOÇÃO ATÉ O FIM   

O maior clássico da América do Sul, porém, não poderia ser fácil. Sempre raçuda, contando com o apoio de sua
presente torcida e tarde inspirada de Nocioni, a Argentina reagiu no terceiro quarto, anotou 11 pontos seguidos e
assumiu a liderança no placar 64-63. O cenário estava montado para um final de jogo equilibrado e dramático.

Muito bem na partida, Nenê carregava o Brasil ofensivamente, levando vantagem sobre a marcação de Scola. Do outro lado, Nocioni e Campanazzo seguiam infernizando os brasileiros.

O Brasil levou vantagem de 83-80 para o último minuto de jogo e, após troca de lances livres, a diferença
continuava a mesma. Em sua última chance de empatar a partida, com 10 segundos restando no cronômetro, os argentinos apostaram novamente na mão quente de Nocioni e o veterano de 36 anos não decepcionou, acertando arremesso de três que deixou tudo igual.

O Brasil teve três segundos para armar uma última jogada e tentar a vitória no tempo regular, mas Marcelinho Huertas não acertou arremesso no estouro do cronômetro. O jogo acabou 85-85 e foi para a primeira prorrogação dos Jogos Olímpicos Rio-2016. No tempo extra, o Brasil voltou a apostar na arma que vinha dando certo contra o pequeno time argentino: bola no Nenê, que em duas bandejas colocou a seleção a quatro pontos. Mas os erros nos segundos cruciais do jogo voltaram a assombrar o Brasil e a Argentina aproveitou o manuseio ruim da bola de Marquinhos para, no contra-ataque, empatar novamente, 95-95. Segunda prorrogação.

Pela primeira vez no jogo, agora sem Marcelinho Huertas, desclassificado por faltas, o Brasil voltou desatento à quadra e Campanazzo aproveitou. Com dois arremessos de três e uma bandeja, o armador colocou os hermanos a oito pontos de distância  (103-95). O Brasil conseguiu reagir com a entrada de Leandrinho, que marcou seis pontos seguidos, mas a diferença era grande demais. No fim, venceu a frieza argentina, que soube se manter calma nos momentos mais cruciais: 111-107.

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