Santa Cruz

Natan, sincero, surpreende em entrevista

Meia tricolor se abriu em coletiva de imprensa nesta segunda-feira

Do JC Online
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Publicado em 24/03/2014 às 19:15
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O meia Natan deu uma longa entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (24/3), no Arruda. O jovem valor do Santa Cruz passou em torno de 34 dias sem atuar e entrou na vaga de Raul, no segundo tempo do clássico contra o Náutico, quando o tricolor bateu o rival por 5x3, depois de fazer 5x1, na Arena Pernambuco, domingo passado, pela oitava rodada do Hexagonal do Título do Campeonato Pernambucano. Na conversa com os repórteres, o meia foi sincero em todas as respostas e confessou até que foi o principal responsável por agravar a lesão muscular na coxa direita ao retornar prematuramente aos treinos e jogar. Ao mesmo tempo, garantiu que conseguiu equilibrar a sua alimentação, mas ainda falta equilíbrio no horário para dormir e foi cauteloso  sobre a possibilidade de ser titular contra o Sport, nesta quarta-feira (26), no Arruda. Esse será o quarto confronto entre corais e rubro-negros, que venceram os três primeiros. Dois pela Copa do Nordeste (2x0 e 2x1, que valeu a eliminação da final da competição) e um pela Estadua por 3x0l.

Leia os principais trechos da entrevista coletiva de Natan:

TITULAR CONTRA O SPORT

"Joguei 45 minutos contra o Náutico e cansei muito rápido. Talvez, devido ao longo tempo parado. Não posso afirmar que serei titular contra o Sport. Não quero queimar etapas. Estou voltando aos poucos depois de um mês em recuperação. Mas todo jogador que ser titular. Não sou diferente. Caso, o nosso técnico (Vica) queira me escalar desde o começo do clássico não terá problema. Vou ficar em campo até suportar. Mas é um jogo importante, decisivo, que vale classificação para as semifinais."

A LESÃO

"Eu tive uma lesão de grau um no jogo contra o CSA (1x1, dia 30 de janeiro, pela Copa do Nordeste). Muitas vezes as pessoas não sabem o que ocorre nos bastidores. A perspectiva era que o meu retorno seria em sete dias. Mas, quando o time viajou para enfrentar o Vitória da Conquista, teve que levar um dos aparelhos que usamos para o tratamento. O que ficou, terminou quebrando e isso atrapalhou. Mas, como não estava sentindo muitas dores, resolvi voltar aos treinos e me sentia em condições de jogar. Entrei no jogo contra o Guarany de Sobral (primeiro jogo das quartas de finais, no dia 15 de fevereiro) e foi pior, pois senti e a lesão passou a ser de grau dois. A responsabilidade foi toda minha."

A VOLTA

"Foi bom voltar em um clássico e com vitória. A maior motivação é está em campo. Retornar na reta final sempre aumenta a nossa vontade. A vitória trás tranquilidade, foi a nossa primeira em um clássico este ano, mas não pode nos deixar acomodados. É fundamental manter a pegada, a posse de bola. Basta lembrar que estávamos vencendo por 5x1, relaxamos e o Náutico marcou dois gols em um minuto. Isso não pode voltar a acontecer."

O SPORT

"A gente sabe que eles (o Sport) tem um bom time, marca forte e não se pode facilitar. A prova é que perdemos três jogos. Em alguns deles, tivemos a maior posse de bola, mas criamos pouco. Além disso, quando tivemos chances não aproveitamos. Eles, ao contrário, as oportunidades que tiveram aproveitaram. O que a gente tem que fazer para esse outro clássico é manter o que é bom e não repetir os erros. Mas como sempre, o clássico sempre se define nos detalhes."

MUDANÇA DE HÁBITO

"Eu já mudei muita coisa. Antes eu não costumava tomar o café da manhã. Isso mudou. Faço todas as refeições. Algumas pessoas, sem conhecimento de causa, afirmaram que eu não dormia no horário adequado porque sou muito religioso, ficava orando, lendo a Bíblia. Não é bem assim. Tenho a minha religião. Mas muitas vezes ficava em casa assistindo um filme ou na Internet. Ninguém dorme comigo para falar o que eu fazia. Antes ia dormir duas horas da madrugada e tinha que acordar cedo para vir para o treino. Acho que melhorei, pois estou indo dormir em torno de meia-noite. Sei que o ideal é dormir em torno de sete horas. Mas um atleta precisa de muito mais tempo. Acredito que aos poucos vou chegar ao ideal."

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