Quando chegou ao Santa Cruz, Léo Moura queria provar que o vencedor lateral-direito da época do Flamengo, mesmo com 37 anos, ainda poderia ajudar o Tricolor do Arruda. No início da sua caminhada em Pernambuco, quase não foi utilizado pelo técnico Milton Mendes, com pouca influência nos títulos do Pernambucano e da Copa do Nordeste. Depois, com a saída do treinador e a lesão do titular Vítor, Léo Moura se tornou um dos pilares da equipe, agora comandada por Doriva. Hoje, contra o Sport, o jogador vai para 15ª partida consecutiva na Cobra Coral.
Contratado em março para ser meia, Léo Moura chegou sob a desconfiança da torcida coral. Vinha de passagens apagadas em times sem grande tradição no futebol. Em 2015, jogou pelo Fort Lauderdale Strikers na North American Soccer League (NASL), a Segundona do futebol norte-americano. Depois, mudou-se para a Índia, onde atuou por 16 partidas pelo FC Goa. Antes de vir para o Santa, ainda teve uma rápida passagem pelo Metropolitano (SC).
Precisando reagir no Pernambucano e no Nordestão, Léo Moura foi lançado ao time titular do Santa apenas seis dias depois de ser apresentado, contra o Náutico, no Estadual. Apressar a estreia custou caro: o lateral se machucou e ficou 16 dias sem jogar. As chances só voltaram a aparecer no Brasileirão. E ele virou titular absoluto na lateral-direita.
Até agora, Léo Moura participou de 18 das 23 partidas do Santa na Série A como titular. E vem se destacando. Na última quarta, por sinal, cruzou na cabeça de Arthur, no primeiro gol coral contra a Chapecoense.
“Quando vim pra cá, meu objetivo era ajudar o Santa. Não estamos vivendo um bom momento, mas venho jogando bem e isso me alegra. Costumo dizer que idade é só um número. Sempre me cuidei e sei do meu potencial e o que posso render”, afirmou o lateral, que ainda não quer saber de aposentadoria, mesmo com 37 anos. “Estou me sentindo tão bem que não penso em parar ainda. Meu objetivo é jogar por mais algum tempo.”