Futuro

Presidente do Santa Cruz quer deixar clube organizado até 2017

Alírio Moraes também fez análise da sua gestão e falou sobre problemas financeiros

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 23/10/2016 às 7:56
Rodrigo Costa/Acervo JC Imagem
Alírio Moraes também fez análise da sua gestão e falou sobre problemas financeiros - FOTO: Rodrigo Costa/Acervo JC Imagem
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Após conter a crise de funcionários do clube, que entraram em greve por não receber salários há quatro meses, o presidente Alírio Moraes agora tenta arrumar o Santa Cruz visando 2017. Com o time praticamente rebaixado para a Série B, o mandatário coral fez uma análise da temporada e explicou o porquê do 2016 do Santa, que começou muito vitorioso, com os títulos da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano, terminará tão mal.

Logo de cara, o presidente relatou que o clube já entrou devendo premiações e parte dos salários de jogadores de 2015. E que o planejamento do para essa temporada contava com receitas que não foram capitalizadas. “Contávamos com o apoio da torcida, com uma média de público de 16 mil pagantes. Era esperado também que o programa de sócios aderisse algo em torno de 15 mil pessoas. Além de outras receitas, como patrocinador master. Mas essas coisas não aconteceram”, frisou o presidente.

Porém, segundo Alírio Moraes, o que mais agravou a situação do clube foram os bloqueios de cotas. “A partir de julho convivemos com bloqueios de contas, de valores da CBF, de cotas de televisão e de competições. Até setembro, a receita do clube ficou praticamente paralisada. E isso gerou os atrasos nas folhas de pagamento de jogadores e administrativo”, disse.

A falta de verba também limitou o investimento na equipe para a disputa da Série A. E que pesou no final: hoje, o Santa Cruz ocupa a vice-lanterna, com 23 pontos, e dificilmente escapa da Segundona em 2017. “A falta de caixa gerou uma incapacidade de investir no futebol. Estava dentro do nosso planejamento trazer três ou quatro contratações de peso. Mas não conseguimos”, ressaltou Alírio.

Para saldar os débitos, o presidente espera receber até R$ 4 milhões de receitas bloqueadas até o final do ano, entre cotas de Sul-Americana, de televisão e patrocinadores. Mesmo assim, o valor é insuficiente para pagar todos as dívidas. Por mês, o clube gasta R$ 3,5 milhões, entre passivos, salários e manutenção de estrutura.

OS ERROS

Por fim, Alírio também fez questão de ressaltar que a sua gestão tem erros e que vai aprender com eles. “Tomamos como certo receitas que não entraram. Fica uma experiência grandiosa. Poucas pessoas saem da glória para uma crise. Essa gestão não tem como evitar que um clube, que deve acima dos R$ 100 milhões, deixe de atrasar. Eles irão acontecer, mesmo contra a nossa vontade. Erramos e não temos interesse em esconder lixo embaixo do tapete. Meu interesse é chegar em dezembro de 2017 e entregar um clube muito mais organizado”, afirmou.

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