Rebaixado

Os sete pecados capitais do Santa Cruz na Série A

Erros do Tricolor do Arruda dentro e fora de campo sacramentaram rebaixamento nesta quarta (16)

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 16/11/2016 às 22:25
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Erros do Tricolor do Arruda dentro e fora de campo sacramentaram rebaixamento nesta quarta (16) - FOTO: Fernando da Hora/JC Imagem
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A derrota para o Coritiba, nesta quarta (15), sacramentou a queda coral na Série A. Mas não foi só o revés ante os paranaenses que levou o Santa para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Depois de um primeiro semestre vitorioso, com os títulos do Pernambucano e da Copa do Nordeste, tudo deu errado para o Tricolor do Arruda. Dentro e fora de campo, sete pecados capitais derrubaram os corais no final do ano.

A primeira falha aconteceu logo após os títulos do Estadual e Nordestão, com a falta de reforços para o Brasileirão. Na derrota para o Coritiba, sete titulares estavam presentes no primeiro semestre. E a dependência desse plantel contrasta com o número de aquisições do Santa Cruz em 2016. No ano, foram 49 jogadores utilizados pelo Tricolor do Arruda. Desses, 29 foram contratados e 16 já saíram.

NO CAMPO

A queda de peças fundamentais no primeiro semestre também fez a diferença. No Brasileirão, Grafite, que chegou a fazer seis gols nos três primeiros jogos, passou por um longo jejum com a camisa coral, com 12 partidas sem balançar as redes na Série A. No gol, o capitão e líder Tiago Cardoso viveu uma má fase e chegou a ficar três duelos seguidos no banco de reservas. Por fim, o time ainda tem, hoje, a pior defesa da competição, com 60 gols sofridos.

Com erros na montagem do plantel, o Santa fez quatro mudanças no comando técnico. Colocando o Santa Cruz na Série A após dez anos, Marcelo Martelotte não fez o time render no início de 2016 e foi demitido. Quem assumiu foi Milton Mendes, que mesmo sem contratações, levou os títulos do Pernambucano e o inédito Nordestão. Porém, Milton sucumbiu para o alto nível do Brasileirão e deu adeus ao Arruda. Já em situação complicada, Doriva não conseguiu reverter o cenário e pediu demissão. Faltando três rodadas, Adriano Teixeira terminará o ano.

FINANCEIRO

Quando o time despencou no Brasileiro, o presidente Alírio Moraes chegou a dizer que o clube tinha “bala para gastar”. Não foi o que aconteceu. Pior: a diretoria coral deixou de pagar o plantel. Hoje, o Santa deve três meses de salários para os jogadores, além de quase seis meses para os funcionários, que chegaram a entrar em greve no mês passado.

Limitado financeiramente, o Santa Cruz ainda sofreu com dívidas trabalhistas. Com um passivo que ultrapassa a marca dos R$ 100 milhões, o Tricolor do Arruda teve cotas de televisão e premiações de competições, como a Sul-Americana, bloqueadas.

TORCIDA

Por fim, a torcida também teve culpa. Em 16 jogos como mandante na elite, apenas 11.267 torcedores de média no Arruda. Na Série D, em 2011, foram 36.916 fanáticos por partida. A campanha de sócios também não decolou, e a meta de 20 mil associados não foi alcançada. Hoje, a equipe tem cerca de seis mil adimplentes.

Sete pecados do Santa Cruz na Série A

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