O projeto Alejandro Chumacero é ambicioso. Foram meses de contato até que a negociação com o boliviano, ídolo em seu País, se concretizasse. O Sport aposta nas suas qualidade técnicas e no que pode render em negócios num futuro próximo. Mas está difícil para o jogador engrenar. Com mais uma convocação à seleção da Bolívia, que deve fazê-lo perder mais quatro partidas da Série B, a tendência é ele ceda a outro o pouco de espaço conquistado entre os rubro-negros. E o tempo – ou a falta dele – é implacável nesses casos.
A demora no acerto entre o Sport e o The Strongest; a contusão no joelho direito; o tempo gasto para se regularizar como trabalhador, no Brasil; tudo agiu contra o volante, que pouco do muito propalado conseguiu mostrar. Desde a sua chegada, no dia 16 de julho, entrou em duas partidas. Uma pela Série B, contra o Ceará, e a outra ante o Náutico, no primeiro confronto entre as equipes pela Sul-Americana.
Para se valorizar, Chumacero tem de jogar. É uma “lei” do mercado do futebol. No banco de reservas e entrando poucos minutos para atuar, o “projeto” tende a ser empurrado para a próxima temporada.
“As coisas vão acontecer aos poucos”, minimiza o técnico Marcelo Martelotte, que aceitou a contratação do clube, mas ainda avalia as qualidades do atleta destaque na Bolívia, onde o futebol não tem a mesma tradição do Brasil. Por enquanto, Chuma, como é chamado pelo elenco rubro-negro, permeia o imaginário do torcedor como o próximo ídolo. Mas ninguém sabe ao certo o que ele poderá render.