Ilha do Retiro

Defesa contribui para má campanha do Sport

Rubro-negros têm o segundo sistema defensivo mais vazado do Brasileirão, com 22 gols

ALEXANDRE ARDITTI
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ALEXANDRE ARDITTI
Publicado em 07/07/2016 às 7:11
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Rubro-negros têm o segundo sistema defensivo mais vazado do Brasileirão, com 22 gols - FOTO: JC Imagem
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O mau momento do Sport no Brasileirão pode ser explicado pela fragilidade de seu sistema defensivo, o segundo mais vazado do campeonato até agora. São 22 gols sofridos em apenas 13 rodadas (média de 1,7 por partida), retrospecto idêntico ao da Série A de 2009, quando o Leão terminou na lanterna e foi rebaixado. Números ruins construídos com um desempenho abaixo da crítica principalmente em seu reduto, a Ilha do Retiro. Os rubro-negros têm a pior defesa na condição de mandantes – 12 gols em seis jogos. Bem diferente do ano passado, quando o setor era apontado como um dos pilares do time.

Em relação a 2015, exceto o goleiro Danilo Fernandes, a única peça do sistema defensivo titular rubro-negro que não permaneceu para esta temporada foi o volante Wendel. No entanto, além da nítida queda de rendimento individual de alguns atletas (como Durval, Matheus Ferraz e Renê), houveram mudanças na disposição tática, principalmente a compactação das linhas de meio-campo e defesa. Outro detalhe é que os homens de frente no ano passado contribuiam mais do que os de agora com a marcação quando o time estava sem a bola, sobretudo os que atuavam abertos pelos lados do campo.

Remanescente da temporada passada, o volante Rithely reconhece que é preciso corrigir erros do sistema de marcação rubro-negro. “O professor (Oswaldo de Oliveira) já nos cobrou isso. Já aconteceu alguns jogos de ficar distante a defesa do meio-campo. E quando pegamos atacantes rápidos, os caras sempre vão ter vantagem. Se pegar mano a mano, eles vao ganhar. Temos que corrigir isso. Erros de marcação e posicionamento é que estão ocasionando isso. Estamos deixando Matheus Ferraz e Durval muito expostos”, reconheceu o camisa 21. “O erro é meu e do Serginho, que jogamos pelo meio. Temos que corrigir esses pequenos detalhes que estão nos provocando as derrotas”, completou.

Contra o líder Palmeiras, na segunda-feira passada, na Ilha, foi justamente o que aconteceu. Os rápidos atacantes do time paulista encontraram espaços de sobra na desarrumada defesa leonina para construir uma vitória com facilidade sobre o Sport: 3x1. Mesmo assim, a possibilidade de o técnico Oswaldo de Oliveira optar por uma formação com três zagueiros é quase nula. Desde a sua chegada à Ilha, no fim de maio, o treinador deixou claro que não é um “fã” do sistema.

Nas 13 primeiras rodadas do Brasileirão do ano passado, sob o comando de Eduardo Baptista, o Sport havia sofrido apenas 14 gols. Era então a quarta defesa menos vazada do campeonato. Os rubro-negros vão encontrar o treinador no próximo sábado, no confronto com a Ponte Preta, em Campinas, pela 14ª rodada. Reconhecendo a qualidade do ex-comandante para montar sistemas de marcação, o volante Rithely já projeta dificuldades para o Leão. “Vai ser um reencontro chato. O bicho (Eduardo Baptista) faz umas duas linhas de quatro que para entrar... pelo amor de Deus. Estava vendo o último jogo deles (da Ponte). Os caras marcam demais. Vai ser complicado”, disse. 


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