O Sport vai usar das armas que tem para tentar liberar Diego Souza para a partida contra o Fluminense, sábado (1º), às 11h, no Rio, pela 28ª rodada do Brasileirão. Nesta quinta-feira, às 13h, o Departamento Jurídico rubro-negro vai protocolar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um pedido de efeito suspensivo da pena imposta na véspera ao meia. O camisa 87 foi punido com dois jogos de suspensão pela expulsão no último Clássico das Multidões. Como já cumpriu a automática, teria que ficar fora de apenas mais um compromisso.
Diego Souza foi denunciado no artigo 250 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que reza sobre praticar ato desleal ou hostil, por conta da expulsão nos minutos finais do clássico em que o Sport venceu de virada o Santa Cruz (5x3), em 11 de setembro, na Ilha. O camisa 87 recebeu o vermelho após se envolver em uma discussão com o coral Derley. O árbitro da partida, Leandro Vuaden, relatou na súmula que os dois atletas se ameaçaram mutuamente dentro de campo.
Esse foi o primeiro vermelho de Diego Souza no Brasileirão, mas não a primeira vez que ele foi julgado pelo STJD neste campeonato. Logo na primeira rodada, na derrota por 1x0 para o Flamengo no Rio, o camisa 87 saiu de campo reclamando da arbitragem. Acabou sendo absolvido. Na manhã desta quarta-feira, foi o meia quem concedeu entrevista coletiva. Perguntado se temia uma punição agora pelo fato de ser reincidente, mostrou-se tranquilo. “Acho que não tem nada a ver. O que aconteceu no passado ficou no passado”, disse.
SEM DIREITO AO ERRO
Na mesma entrevista, Diego Souza reconheceu que o Sport não tem mais direito ao erro no Brasileirão. Restando 11 rodadas, os rubro-negros somam 33 pontos, apenas três à frente do Cruzeiro, que abre o Z-4. Artilheiro do Leão na Série A, com nove gols, o camisa 87 ainda minimizou o fato de não balançar as redes há 61 dias.
“A gente teve um ano difícil desde o início. Mudaram muitas coisas aqui dentro. Sabemos que para disputar uma competição desse nível, como é o Brasileiro, precisamos ter uma base, um entrosamento para encarar qualquer um de igual para igual... O campeonato está no final e não temos mais espaço para erros. Agora, o que vai valer de verdade é a experiência para saber lidar com esses tipos de jogos. Sabemos o perigo que corremos ficando próximos à zona do rebaixamento. Quanto antes sairmos disso, melhor”, afirmou.
Sobre o jejum de gols, o camisa 87 lembrou que passou quase 20 dias afastado tratando de uma lesão muscular e que, mais importante do que fazer gols, é jogar bem. “Sempre disse que nunca fui artilheiro e que isso não me incomoda. O que me incomoda é quando não consigo ajudar, quando não consigo jogar bem. Claro que sempre procuro fazer os gols, mas se conseguir criar e ajudar meus companheiros a fazer os gols eu fico feliz”, disse.