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Inspirado em Magrão, Maílson vai se consolidando na meta do Sport

O maior ídolo da história do Leão vai, aos poucos, passando às luvas para o prata da casa

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 22/04/2019 às 7:51
Foto: Brenda Alcântara/ JC Imagem
O maior ídolo da história do Leão vai, aos poucos, passando às luvas para o prata da casa - FOTO: Foto: Brenda Alcântara/ JC Imagem
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A conquista do 42º título estadual do Sport também conta com uma particularidade entre as traves. A passagem de bastão que se torna cada vez mais próxima, entre o presente e futuro do rubro-negro. Do experiente e ídolo Magrão, para o jovem e promissor Maílson. O título ganha esse peso simbólico por conta de um momento natural, mas que nem todo torcedor do Sport estaria preparado para vê-lo. De qualquer forma, Alessandro Beti Rosa se eterniza ainda mais como o maior jogador que vestiu a camisa do Leão.

São 732 jogos defendendo o as cores Sport. Atleta recordista em partidas disputadas pelo rubro-negro, também é o que mais jogou por um clube no Nordeste. Feitos que engrandecem Magrão, mas anunciam a proximidade da aposentadoria do goleiro de 42 anos, especulada para o fim deste ano. E mesmo assim, o ídolo segue escrevendo sua história.

Com a conquista do Campeonato Pernambucano, Magrão se isola como o jogador com mais títulos pelo Sport, somando dez ao todo. São oito títulos estaduais, uma Copa do Nordeste e uma Copa do Brasil. Desta maneira, o goleiro ultrapassa o saudoso atacante Leonardo, grande ídolo do Leão na década de 90, que somava nove troféus empilhados pelo rubro-negro. Contudo, desta vez, Magrão não foi protagonista. Começou mal a temporada, foi contestado por parte da torcida e acabou parando no banco de reservas.

Magrão vem de uma trajetória complicada, que se iniciou em 2018. O goleiro esteve presente em boa parte da melancólica campanha do rebaixamento para a Série B. Na 29ª rodada do Brasileirão, fraturou o braço em jogo contra o Athletico-PR e perdeu o restante do ano. O arqueiro voltou no em 2019, porém, seu nível de atuação estava longe do que o torcedor se acostumou a ver.

O camisa um falhou em vários gols nos jogos que disputou. De quebra, foi também um dos responsáveis pela eliminação na Copa do Brasil deste ano, para o Tombense. Depois, errou no clássico contra o Santa Cruz, pelo Estadual. Derrota que gerou a troca do comando técnico, de Milton Cruz para Guto Ferreira. E o novo treinador percebeu que, do banco de reservas, um goleiro oriundo da base leonina vinha pedindo passagem. O momento era o de Maílson, que já havia mostrado serviço.

MAíLSON CONSOLIDADO

Vindo do agreste de Alagoas, o arqueiro de 1,97m é o futuro - talvez presente, já consolidado - da meta do Sport. Sua trajetória no Leão iniciou em 2014, aos 17 anos. Sem ter passado por categorias de base antes da chegada em Pernambuco, Maílson foi lapidado ano a ano. Sua estreia como profissional aconteceu em 2017, onde só a base atuou.

Na temporada seguinte, Maílson chamou a atenção na Série A. Magrão estava lesionado e o seu reserva imediato, Agenor, teve uma atuação péssima na estreia do rubro-negro. A vaga caiu no colo do prata da casa. Ele atuou em três partidas no primeiro turno e depois na reta final da competição. Com atuações seguras, provou o seu valor dentro do elenco.

Nesta campanha do título pernambucano, disputou sete jogos, sendo vazado apenas em quatro duelos. Ao todo, sofreu quatro gols. Atuações seguras que o credenciam para iniciar a Série B como o titular da meta rubro-negra e somam maior confiança para seguir com o bom nível. Além do mais, a maturidade que vem adquirindo tem influência da parceria criada com o ‘Seu’ Magrão. Vinte anos mais velho que o alagoano, o ídolo leonino também tem papel importante na formação do seu sucessor. O processo vem acontecendo e, aos poucos, o experiente sai de cena, tendo escrito uma grande história, para dar lugar a uma joia da base rubro-negra. O Sport agradece a Magrão e saúda Maílson.

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