Apesar do bom momento dentro de campo, em que bateu o Londrina na última sexta-feira e alcançou o G4 da Série B, o Sport tem se virado como pode fora das quatro linhas. O Leão passa por dificuldades financeiras por conta do acúmulo de dívidas oriundas de gestões passadas. Para piorar, o valor das receitas televisivas da Segunda Divisão já foram bloqueadas e o clube busca seu desbloqueio para desafogar as contas. Perguntado sobre o pagamento ao elenco e funcionários, o próprio presidente do Rubro-negro, Milton Bivar, admitiu os atrasos salariais.
Leia Também
“Esse foi o pior mês (que enfrentamos). Ainda não conseguimos arcar como um todo com nossas obrigações. Nossos funcionários também estão sem receber, e talvez o pior mês está sendo esse. Nunca é bom. Na minha vida particular nunca passei por isso, de ter meus funcionários sem estar recebendo em dia. É uma condição para ter uma boa gestão, de cumprir com suas obrigações. Você não pode cobrar nada de ninguém se está atrasado. Você perde a moral de cobrar um atleta, um funcionário, se não cumpre com um princípio básico de pagar seus funcionários”, falou o mandatário do Sport em entrevista a Ralph de Carvalho, na Rádio Jornal.
AINDA SEM DINHEIRO A RECEBER DA TV
No dia 22 de abril, pouco antes da estreia na Série B, o Sport recebeu um mandado judicial da 12ª Vara da Justiça do Trabalho, em que todas as receitas provenientes de patrocínios e cota de televisionamento da Segundona foram bloqueadas. O Rubro-negro já possui uma dívida de R$ 18 milhões com a emissora detentora dos direitos de transmissão do Brasileiro. Após acordo realizado para o pagamento deste valor, dos R$ 8 milhões da cota, o clube receberia R$ 5,6 milhões - montante que agora está parado na Justiça. O Leão busca um acordo para que, pelo menos, parte desse valor venha para seus cofres visando o pagamento da folha salarial. Desta forma, as principais vias de faturamento do Sport têm sido as receitas dos jogos, venda de produtos oficiais e dos sócios.