VIOLÊNCIA

Enterrado torcedor do Sport que foi morto antes do jogo do acesso

Evandro do Nascimento, de 18 anos, foi espancado quando estava em parada de ônibus

Leonardo Vasconcelos
Cadastrado por
Leonardo Vasconcelos
Publicado em 25/11/2019 às 17:56
Alexandre Gondim / JC Imagem
Evandro do Nascimento, de 18 anos, foi espancado quando estava em parada de ônibus - FOTO: Alexandre Gondim / JC Imagem
Leitura:

Esta segunda (25) foi dia de se despedir de mais uma vida envolvendo o futebol que ainda não conseguiu dar adeus à violência. Um novo jovem morto por um velho problema: agressões entre “torcedores”. As aspas são meramente camuflagem de pessoas que usam o esporte mais amado do mundo para dar vazão ao ódio. A mais recente, e infelizmente não a última, vítima foi o estudante rubro-negro Evandro do Nascimento Santos, de 18 anos, que foi espancado por cinco homens identificados como sendo de torcida rival quando estava esperando o ônibus na Avenida Norte para ir para o jogo do Sport contra a Ponte Preta, na Ilha do Retiro, na última quarta. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado no Hospital da Restauração. O corpo foi sepultado, na tarde de ontem, no cemitério de Casa Amarela, na Zona Norte da capital.

De acordo com testemunhas, Evandro estava na parada de ônibus com quatro colegas, todos com camisas do Sport, quando dois homens pararam em um carro ao lado e jogaram uma bomba no grupo. Todos correram, menos Evandro que permaneceu e foi agredido pelos ocupantes do veículo e por mais outros três que chegaram em duas motos em seguida. Ainda segundo a testemunhas, o jovem teve a camisa do clube rasgada. O corpo de Evandro só foi liberado na manhã de hoje do Instituto de Medicina Legal, no bairro de Santo Amaro.

Bastante abalada, a mãe do jovem, a dona de casa Erivalda Santos, não se conformava em perder o filho caçula de forma tão trágica. “Meu menino era uma boa pessoa, não era envolvido com nada de errado, só estava indo pro jogo ver o time do coração. Uma maldade o que fizeram com ele”, afirmou Erivalda. O sepultamento foi acompanhado por parentes e amigos, vários com a camisa do Leão. Uma bandeira do Sport foi estendida no caixão. Em vários momentos foram cantados o grito de Cazá Cazá do clube, assim pedidos de justiça.

POLÍCIA

A Polícia Civil informou que o caso será investigado pelo delegado Paulo Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e que ela vai se pronunciar após a conclusão do inquérito.

Últimas notícias