Tecnologia

Sistema de monitoramento ajuda condomínios a evitar falta de água

Além de alimentar dados online, sensores emitem alerta quando os níveis dos reservatórios estão baixos

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 19/03/2015 às 13:02
Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
Além de alimentar dados online, sensores emitem alerta quando os níveis dos reservatórios estão baixos - FOTO: Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
Leitura:

Economiza com mais eficiência quem conhece melhor os próprios gastos. É a partir dessa premissa que uma tecnologia de monitoramento do uso de reservatórios vem ajudando condomínios a economizar e também a evitar a falta de água. Através de sensores e informações online, a tecnologia criada pela empresa pernambucana Telemetric oferece aos moradores um relatório completo com o volume de água que entra nos reservatórios, o nível da caixa d’água, os horários de pico de consumo e até evita panes ou vazamentos.

“Normalmente as pessoas só ficam sabendo da falta de água quando já não está saindo nada pela torneira. Ser avisado horas antes de que isso vai acontecer diminui uma série de transtornos, principalmente quando estamos falando de um condomínio”, avalia Gustavo Veiga, diretor institucional da Telemetric, que batizou o serviço de Condomínios Inteligentes.

O serviço funciona assim: a empresa instala sensores equipados com um chip, que envia as informações para a rede e todos os dados passam a ser disponibilizados em nuvem para os clientes. No caso de situações críticas – como a previsão de que irá faltar água dentro de algumas horas – o síndico do prédio recebe um alerta pelo celular. 

A quantidade e funcionalidade dos sensores irão variar de acordo com o que o condomínio tiver interesse em monitorar. “A ideia é preservar principalmente os poços artesianos, mas também pode servir para identificar vazamentos nos canos e alguma pane na bomba de água”, explica Gustavo.

A empresa garante que alguns clientes conseguiram reduzir em até 50% os gastos com água. Com os detalhes do consumo disponibilizados em gráficos, os condôminos passam a conhecer melhor seus gastos. “Além de garantir economia, nossa solução ainda fornece as informações no tempo certo para que as medidas necessárias sejam tomadas”, garante Erick Franklin, diretor de tecnologia da empresa.

No caso do Edifício Luiz Dias Lins, em Boa Viagem, que adotou o sistema em agosto do ano passado, essa economia chegou a alcançar os R$ 14 mil por mês. “Além da Compesa, fazíamos o abastecimento com caminhões-pipa. Logo no primeiro mês descobrimos uma fraude no abastecimento dos caminhões, que representavam um gasto de R$ 15 mil. Com o sistema, praticamente não precisamos mais de abastecimento extra”, conta Carlos Santos, síndico do condomínio na época da compra dos equipamentos.

O ex-síndico garante que, além dos alertas pelo celular, quando o reservatório está muito baixo, já chegou a receber ligações para alertar sobre o problema. “O sistema é muito bom. Podemos ver todas as informações pela internet. Depois da instalação, agora temos como saber que só pagamos pela água que realmente entra em nosso reservatório”, diz. 

Os custos variam de acordo com a complexidade da instalação e da amplitude do monitoramento que for solicitado. Fazer uma instalação simples, em locais de fácil acesso, por exemplo, pode sair a partir de R$ 1.500. Depois de colocados os sensores, o condomínio passa a arcar com uma mensalidade referente ao funcionamento dos equipamentos e a disponibilização das informações, além da manutenção no caso de defeito dos aparelhos. O custo mensal também varia, saindo a partir de R$ 150.

Últimas notícias