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Mercado moveleiro tenta se adaptar aos novos tamanhos dos imóveis

Com apartamentos menores, fabricantes de móveis precisam oferecer produtos compatíveis à realidade dos consumidores

Do caderno de Imóveis
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Do caderno de Imóveis
Publicado em 21/05/2015 às 16:26
Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
Com apartamentos menores, fabricantes de móveis precisam oferecer produtos compatíveis à realidade dos consumidores - FOTO: Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
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Que os apartamentos em geral encolheram de tamanho todo mundo já sabe. Mas, se por um lado essa tendência impõe aos compradores um estilo de vida mais prático, por outro acaba lançando vários desafios na hora de mobiliar a casa nova. Para mostrar que o mercado precisa oferecer também móveis menores e mais funcionais, a Feira Nacional de Móveis para a Região Norte/Nordeste, a Movexpo, está debatendo o assunto com lojistas e fabricantes no evento que acontece até amanhã, no Centro de Convenções.

Para demonstrar a importância de se adequar à essa realidade, dois apartamentos de dois e três quartos foram criados dentro do evento nos padrões das unidades do Minha Casa, Minha Vida, que costumam variar de 45 m² a 56 m². “A ideia é mostrar a diferença que isso faz na prática. O que nós percebemos é que muitos dos móveis são feitos hoje fora da realidade das pessoas, queremos mudar isso”, propõe Vikentios Kekakis, presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Pernambuco (Sindimóveis-PE), realizador do evento. Segundo o levantamento do Sebrae, as compras de móveis no Estado foram impulsionadas nos últimos três anos principalmente pelas classes C, D e E, que são contempladas pelo programa habitacional.

O assunto vem sendo tratado há dois anos pelo sindicato, que realizou uma pesquisa de campo sobre as dimensões dos apartamentos e ambientes que vêm sendo construídos. “Aos fabricantes que ainda não conseguiram se adequar a esse mercado, vamos dar apoio, apresentando essas medidas e indicando nomes de designers que realizam trabalhos desse tipo”, garante Kekakis.

Essa demanda não atendida é confirmada por arquitetos e decoradores de ambientes. Responsável pelo projeto dos apartamentos montados no evento, a arquiteta Sonia Mori ainda vê outras dificuldades da não compatibilização entre os móveis ofertados e o tamanho do imóvel. “O problema muitas vezes começa com a chegada em casa, já que muitas vezes os móveis nem passam pela porta. Outro desafio para os fabricantes é conseguir oferecer produtos menores, mas sem diminuir o conforto ou a qualidade”, destaca Sonia.

A feira reúne 150 expositores de vários Estados e espera receber mais de 20 mil visitantes, sendo a maioria de lojistas. A entrada só pode ser feita mediante credenciamento pelo site.

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