
A Mulher do Dia, primeira-dama de Olinda, mulher do Homem da Meia Noite, deu seus primeiros passos no Bairro do Recife, na noite deste domingo (15/02). A bela gigante, distribuindo charme e elegância, vestia azul e dourado. Pelo Corredor do Frevo arrastou a multidão. Quem perdeu a presença ilustre, acompanhada por uma afinada orquestra e passistas de frevo, não ficou sem opção.
O bairro viveu um dia de vários bailes paralelos. A programação infantil tomou a Praça do Arsenal e o Marco Zero à tarde. No palco principal, situado onde a cidade começou, Antúlio Madureira fez a criançada dançar, pular e fazer guerra de confete. Apresentou-se com pequenas passistas do Balé Popular do Recife, levou a misteriosa e animada cobra de pano, muito comprida e colorida, além de receber ainda a visita do jovem Boi Marinho, de São Paulo, criado há quatro anos, e do Boi da Macuca, de Correntes (PE, no Agreste), que já tem 26 anos.
Logo depois teve início o desfile dos maracatus rurais. O mais esperado, por ser o mais antigo e estar completado 100 anos, o Cambindinha de Araçoiaba (Norte do Grande Recife) acabou não desfilando. Chegou às 20h46, quando os organizadores do palco constatarem não haver mais tempo para a apresentação. “Saímos às 16h30 de Araçoiaba, mas infelizmente pegamos um grande engarrafamento no trajeto até o Recife”, contou o mestre Luís Silva, 50. Ele levou 200 brincantes em três ônibus e dois caminhões.
O primeiro grupo a se apresentar foi o Leão de Ouro de Condado (1970), seguido pelo Pavão Dourado de Tracunhaém e o Leão Vencedor de Carpina. Entre os caboclos de lança chamou a atenção o encontro de gerações como Antônio Silva, de 75 anos, e Breno Soares, 6 anos. “É importante manter a tradição”, contou a mãe de Breno, professora Maria Cláudia Feitosa. Na Praça do Arsenal, o público assistiu a um encontro de caboclinhos antes dos shows.

















