RIO DE JANEIRO - Agentes da Polícia Federal prenderam desde a noite de quarta-feira (8), durante a Operação Open Air, 12 suspeitos de integrar uma quadrilha que traficava cocaína para a Holanda e trazia drogas sintéticas para o Brasil. No Rio de Janeiro, os policiais detiveram seis acusados, entre eles um holandês, cujo nome não foi divulgado, apontado como responsável pelo fornecimento de ecstasy e skank e pela recepção da cocaína no país europeu.
Os outros suspeitos de envolvimento no esquema foram presos em Florianópolis (três), Fortaleza (dois) e São Paulo (um). Quatro pessoas ainda estão foragidas, um deles fora do país.
De acordo com o delegado João Luiz Caetano de Araújo, responsável pela operação, a quadrilha era composta por jovens de classe média, com idade entre 20 e 30 anos, e contava com uma estrutura bem organizada.
“É uma quadrilha estruturada e organizada. Eles usavam as chamadas mulas para mandar a cocaína para a Holanda e depois essas mesmas pessoas voltavam ao Brasil trazendo a droga sintética na bagagem ou escondida no próprio corpo. Conseguimos prender desde o fornecedor até os varejistas, passando por mulas e negociadores”, explicou, acrescentando que as “mulas” recebem de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil a cada viagem.
O delegado informou que as investigações, feitas em conjunto com o Ministério Público Federal, começaram há cerca de nove meses, quando duas pessoas foram presas ao tentar embarcar para a Europa com cocaína no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio. Em maio deste ano, ainda durante a fase de investigações, foram apreendidos 30 mil comprimidos de ecstasy no Aeroporto de Confins (MG); além de 3 quilos de skank em Fortaleza e no Rio.