Mais de 65 toneladas de peixes mortos foram retirados da lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, de terça-feira até esta quarta-feira. Segundo os governos estadual e municipal, o episódio não é decorrente do despejo de esgoto, mas sim da chuva que atingiu a cidade durante o último domingo. A água levou muito material orgânico (lixo e folhas) à lagoa; a presença desse material reduziu o nível de oxigênio da água e causou a morte dos peixes.
Para degradar a matéria orgânica, as bactérias consomem o oxigênio da água. Sem o oxigênio necessário para respirar, os peixes morrem. Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o valor mínimo de oxigênio dissolvido para preservação da vida aquática é de 5 miligramas por litro de água (mg/L). A lagoa tinha 1,6 mg/L nesta quinta. Na terça, quando foram encontrados os primeiros peixes mortos, o nível de oxigênio era inferior a 1 mg/L.
Segundo a Prefeitura do Rio, a solução para evitar outros episódios como esse é a construção de uma grande ligação entre a lagoa e o mar, que permita a troca da água. Um projeto prevê a instalação de tubos que passarão sob a praia de Ipanema, mas, conforme a prefeitura, esse canal só deve estar concluído no segundo semestre de 2014.