Qualidade de vida

Pernambucana Manari deixa de ser a pior cidade do Brasil

Município sibiu 18 posições no ranking do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

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Publicado em 29/07/2013 às 18:12
Foto: Beto Figueirôa/JC IMagem
Município sibiu 18 posições no ranking do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - FOTO: Foto: Beto Figueirôa/JC IMagem
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O município de Manari, no Sertão de Pernambuco, deixou a última colocação no ranking brasileiro do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e subiu 18 posições. Saiu da posição 5.565 para a posição 5.547, com um índice geral de 0,487. Os novos números foram divulgados nesta segunda-feira (29), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O Recife está na posição 210 no Brasil, com números considerados altos. A capital pernambucana tem 0,772 de IDHM geral, 0,798 para renda, 0,825 para longevidade e 0,698 para educação. A melhor cidade brasileira continua sendo a paulista São Caetano, com 0,862, 0,891, 0,887 e 0,811, respectivamente.

O Brasil revela um expressivo avanço nos últimos 20 anos, mas também um quadro em que a educação se mantém como o principal desafio do País. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 para 0 727. Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis e o desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.

A classificação do IDHM do Brasil mudou de "Muito Baixo" (0,493 em 1991) para "Alto" (0,727). É considerado "Muito Baixo" o IDHM inferior a 0,499, enquanto que a pesquisa chama de "Alto", o indicador que varia de 0,700 a 0,799. O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do País. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0 637, enquanto que os subíndices renda (0,739) e longevidade (0 816) alcançaram níveis maiores.

Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010. "Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área", avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. "A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", concluiu.

O componente da longevidade, por sua vez, que é calculado pela expectativa de vida da população ao nascer, é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação. É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM 'Muito Alto', quando o índice ultrapassa 0,800. Desde 1991 como o subíndice mais bem avaliado, foi também na longevidade em que a variação ao longo dos últimos 20 anos foi menor. O IDHM Longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816, na atual edição.

Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de R$ 346,31 em 20 anos. As três instituições que elaboram o Atlas - PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro - ressaltam que 73% dos municípios avançaram acima do crescimento da média nacional. No entanto, há 11% de municípios com IDHM Renda superior ao do Brasil, "evidenciando a concentração de renda do País".

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