tragédia

Executiva é morta pelo marido na zona sul de São Paulo

Depois de matar a esposa, homem teria tentado se suicidar

Do JC Online
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Publicado em 26/10/2013 às 11:12
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A executiva de negócios do Grupo Abril, Tatiana Castro Pinho, de 36 anos, morreu na madrugada de anteontem com um tiro na cabeça dado pelo marido, Eduardo Marques Marchese, de 38, que depois tentou se suicidar, segundo a Polícia Civil. O crime ocorreu na casa onde eles moravam, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.

O corpo de Tatiana foi encontrado na cama do casal, ao lado do de Marchese, que estava gravemente ferido na cabeça e tinha um revólver 38 na mão. Ontem, ele teve morte cerebral.

A PM chegou ao local por volta das 3h30 de anteontem. A morte de Tatiana foi constatada pela equipe médica ainda na residência. Marchese foi encontrado por policiais agonizando e chegou a ser levado para o Hospital Heliópolis, mas não resistiu. 

Segundo a mãe de Marchese, Marlene Marques Marchese, ele havia telefonado por volta das 3h pedindo que tomasse conta do filho do casal, de 2 anos. Marlene disse à polícia que Marchese combinou que deixaria as chaves do lado de fora do imóvel para que ela pudesse entrar. A avó estranhou a ligação, mas atendeu o pedido do filho.

Marlene conta que encontrou o menino em um cadeira da sala, sozinho. O casal estava deitado na cama, com as marcas de tiro na cabeça.

A polícia apurou que os dois enfrentavam problemas conjugais. No dia em que foi morta, Tatiana teria ligado para sua mãe e avisado que avisaria o marido que o casamento havia chegado ao fim e "resolveria de vez a questão". Marlene, no entanto, nega que o casal estivesse em conflito. 

Procurados pelo Estado, vizinhos disseram desconhecer brigas do casal e afirmaram que não ouviram barulhos de tiros na madrugada de anteontem. 

"Foi um acidente, uma fatalidade. Estava tudo em ordem", diz Marlene. De acordo com ela, a criança está com uma tia.

Antes da morte de Marchese, a juíza Marcela Raia de Sant'anna, da 1.º Vara do Tribunal do Júri da Capital, havia revogado a prisão em flagrante, autuada pela Polícia Civil, porque não havia antecedentes criminais - apesar de entender que havia fortes indícios do crime. O alvará de soltura foi enviado na tarde de ontem à polícia e recebido no hospital por duas testemunhas, enquanto ele era mantido vivo pelos aparelhos.

A juíza também havia determinado, por cautela, o afastamento da criança do pai.

O caso foi registrado como homicídio e tentativa de suicídio no 16.º DP (Vila Clementino). Embora a polícia tenha a tese de crime passional como a mais provável, a arma de Marchese foi apreendida. 

O corpo de Tatiana foi enterrado ontem no Cemitério do Tremembé. A família de Marchese não confirmou a data do enterro do corpo, que foi levado para o Instituto Médico-Legal. 

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