As autoridades policiais de Goiás ampliaram nesta terça-feira, 5 os casos investigados como mortes em série ocorridas em Goiânia protagonizadas por motociclistas armados. Mais três assassinatos de mulheres, junto com tentativas de homicídio contra duas jovens e o homicídio de um homem, fizeram a lista de casos investigados subir de 12 para 18 de um dia para outro. Os crimes causaram 11 mortes.
As vítimas foram atacadas por um ou mais de um motociclista e alvejadas em locais públicos de Goiânia de janeiro para cá, se diferenciando dos demais homicídios de mulheres ocorridos do período por conta dessa característica. Outros detalhes diziam respeito à idade, variando entre 13 e 29 anos. Além disso, a maioria mulheres eram morenas de cabelos longos - e nada foi levado delas.
Entre os moradores, o medo da ação estar partindo de um serial killer, o que os próprios investigadores passaram a não descartar, mudou hábitos. A Polícia Civil de Goiás formou uma força-tarefa com mais de 30 integrantes, entre delegados, agentes e escrivães, para tentar elucidar os crimes.
Nesta quarta-feira, 6, a TV Anhanguera divulgou uma entrevista com uma vítima que sobreviveu a um ataque de um motociclista e quase ficou tetraplégica. Ela descreveu a forma de agir e deu algumas características do agressor, descrito como um homem de cor branca, de estatura alta, usando jaqueta preta com um detalhe de gola branca.
Segundo a vítima, que seguia com uma amiga ao lado, o homem encostou o revólver nela pelas costas, mandando ficar quieta. Depois deu um tiro. A mulher caiu no chão, mas a amiga conseguiu correr. Ele ainda disparou duas vezes contra a jovem que correu, mas errou. A mulher ferida relatou seu medo de sair de casa e afirmou que agora sofre com pesadelos.