As comunidades da Chácara do Céu, Vidigal e Santa Marta, na zona sul da cidade, passaram neste sábado (30) por um exercício simulado do Sistema de Alerta e Alarme, que começou a ser instalado em julho de 2011. O sistema de sirenes é acionado quando há risco de deslizamentos por causa de chuvas fortes e os moradores das áreas mais vulneráveis das três comunidades precisam deixar suas casas e se dirigir a um ponto de apoio.
Leia Também
De acordo com o subsecretário de Defesa Civil do município, Marcio Motta, o treinamento deste sábado foi o segundo feito nessas três comunidades. No total, já houve 24 simulações em todos os locais que receberam o sistema. “O objetivo é claro: salvar vidas. É uma ação emergencial que estamos fazendo, seguindo tudo o que é preconizado no mundo inteiro pela ONU [Oorganização das Nações Unidas], do alerta sonoro precoce, antes que o desastre aconteça”, disse Motta.
Segundo ele, o sistema ainda é novo no Rio e a cultura latina não está acostumada com o comportamento de colaboração e treinamento para prevenir desastres, como ocorre em países como os Estados Unidos e o Japão. Por isso, é preciso fazer os exercícios para treinar a população.
“Aqui ainda vai demandar um certo tempo para as pessoas compreenderem como deve ser a participação delas quando uma sirene tocar anunciando que há risco de deslizamento e que devem se dirigir a um local seguro. É um processo de mudança de comportamento, mas [o sistema de alerta] tem sido bem aceito. Tanto é que, desde que foram instaladas em 2011, as sirenes já foram acionadas por diversas vezes em situações reais e não tivemos mais nenhuma morte nas comunidades em que elas foram instaladas.”
Segundo o subsecretário, no último verão, as sirenes foram acionadas no dia 11 de dezembro de 2013, em 48 comunidades, e no dia 16 de janeiro deste ano, em 27 comunidades, na região do Complexo do Alemão e do Lins, e as pessoas saíram de suas casas e foram para os locais seguros.
O último grande desastre provocado pelas chuvas na cidade do Rio de Janeiro ocorreu no dia 5 de abril de 2010, quando a cidade decretou situação de emergência e 67 pessoas morreram.