Oncologia

Médicos do Into debatem câncer nos ossos

De acordo com Meohas, a especialidade de oncologia ortopédica evoluiu muito até 1970, mas desde então não surgiram drogas novas para trazer impacto na sobrevida dos pacientes

Da ABr
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Publicado em 12/09/2014 às 22:35
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Cerca de 70 médicos participaram nesta sexta-feira (12) da terceira Jornada de Oncologia Ortopédica, promovida pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). Durante todo o dia, palestras e debates discutiram os procedimentos ambulatoriais e tratamento cirúrgico de tumores ósseos malignos e benignos.

Para o chefe do Centro de Oncologia Ortopédica do Into, Walter Meohas, o evento foi muito proveitoso para os médicos, residentes e estudantes que participaram da troca de experiência e intercâmbio científico com especialistas brasileiros e estrangeiro, como o médico convidado Winfried Winkelmann, do Centro de Tumor Ortopédico da Schön Klinik Hamburg Eilbek, na Alemanha.

“A jornada médica tem o objetivo de melhorar a qualidade técnica do médico que participa, é discutido a parte ambulatorial, que condutas tomar em determinadas situações, casos clínicos e tipos de tumor”, explica o médico.

De acordo com Meohas, a especialidade de oncologia ortopédica evoluiu muito até 1970, mas desde então não surgiram drogas novas para trazer impacto na sobrevida dos pacientes. “O que se discute agora é a forma de se ministrar essas drogas, a sobrevida continua sendo restrita, em torno de cinco anos. Nos Estados Unidos a sobrevida é maior do que aqui. A diferença é por causa do tamanho do tumor, porque a medicina preventiva lá é mais eficaz do que a nossa, então os tumores são descobertos com menor tamanho”.

No Brasil, a taxa de incidência do câncer nos ossos é de menos de 1% das patologias oncológicas primárias malignas e cerca de 10% das benignas, mas a especialidade médica também trata todos os casos de metástases que atingem o esqueleto. O Centro de Oncologia Ortopédica do Into tem uma equipe multidisciplinar para tratamento cirúrgico de pacientes do Sistema Único de Saúde com tumores malignos ou benignos nos ossos. São cinco cirurgiões que atendem a uma média de 100 pacientes por semana no ambulatório e fazem cerca de 350 cirurgias por ano.

A jornada de oncologia ocorre uma vez por ano.

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