Rio de Janeiro

Ladrão pede perdão a arcebispo durante assalto no Rio

Dom Orani foi roubado por três homens enquanto voltava de encontro com bispos

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 17/09/2014 às 9:12
Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil
Dom Orani foi roubado por três homens enquanto voltava de encontro com bispos - FOTO: Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil
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A polícia tenta descobrir quem são os três homens que assaltaram na noite de anteontem o cardeal d. Orani Tempesta, arcebispo do Rio. O religioso foi dominado por criminosos, por volta de 20h30 de segunda-feira, em Santa Teresa, no centro do Rio. No carro, com o cardeal, estavam um seminarista, o motorista e o fotógrafo da Arquidiocese. Eles seguiam para a Glória, após participar de um encontro com bispos na Residência Assunção, no Sumaré, bairro vizinho de Santa Teresa. Os quatro foram roubados.

O fotógrafo Gustavo de Oliveira, de 54 anos, contou que d. Orani estava no banco de passageiro quando, ao descerem a Estrada do Sumaré, se depararam com um veículo com as luzes apagadas. Os três criminosos (um deles armado) saíram do carro e anunciaram o assalto. Pelo menos um deles seria menor de idade. "O que estava com a arma perguntou ao d. Orani: 'O senhor é da Igreja?' Ele respondeu que sim. 'O senhor me perdoa? Eu não queria fazer isso'", disse Oliveira, que teve o material fotográfico roubado.

De d. Orani, os assaltantes levaram um colar com a cruz peitoral o telefone celular, uma caneta, dois terços de prata e uma cópia do anel que o religioso recebeu em janeiro do papa Francisco, ao ser nomeado cardeal. Os bens foram recuperados ainda na noite de anteontem, abandonados dentro de uma mochila em uma rua de Rio Comprido. A polícia encontrou a batina levada do seminarista e os documentos das demais vítimas. Mas nada dos equipamentos do fotógrafo, que calculou R$ 25 mil de prejuízo.

O carro usado no crime, um Citroën C3 prata, também foi abandonado, e encontrado por policiais segunda à noite próximo da comunidade do Escondidinho, em Santa Teresa. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que o crime é um reflexo do momento vivido pela cidade. "É lamentável."

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