Cuidados

Alta de casos de chikungunya leva País a lançar cartilha

A ideia é fazer uma cartilha explicando para o paciente as medidas que ele deve adotar para reduzir as dores, como movimentos ideais e quando usar gelo

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 20/10/2014 às 20:30
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Diante da perspectiva do expressivo aumento de número de casos de febre chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde decidiu preparar um manual para pacientes afetados pela doença. A infecção pode provocar dores fortes nas articulações, com risco de o problema se tornar crônico. A ideia é fazer uma cartilha explicando para o paciente as medidas que ele deve adotar para reduzir as dores, como movimentos ideais e quando usar gelo. Um manual para profissionais de saúde também está sendo preparado, com informações sobre como auxiliar o paciente a superar as dores.

A propagação da febre chikungunya no País vem ocorrendo de forma rápida. Menos de um mês depois de o primeiro caso de transmissão em território nacional ter sido comprovado, a doença já é epidêmica em Feira de Santana, na Bahia. De acordo com o último boletim, 299 casos de transmissão dentro do País haviam sido confirmados. Do total, 281 ocorreram na Bahia, 17 no Amapá e 1 em Minas. "É como se tivéssemos um novo sorotipo de dengue circulando no País. Todos são suscetíveis", comparou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Ele afirmou que um cuidado redobrado deve ser adotado em regiões que enfrentam falta d'água. "Diante da necessidade do armazenamento, é necessário que pessoas tampem os recipientes, as caixas d'água para reduzir o risco da doença", disse.

Provocada por um vírus transmitido pela picada de mosquito contaminado, a chikungunya provoca febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos. Também podem ocorrer dores de cabeça, dores nos músculos e manchas na pele. Os sintomas são mais intensos em crianças e idosos. Cerca de 30% dos casos são assintomáticos. 

Assim como dengue, a doença é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. "Este ano, as campanhas serão voltadas para as duas doenças: dengue e chikungunya", disse Barbosa.

O secretário espera que, a partir de novembro, quando o levantamento rápido sobre criadouros dos mosquitos (LIRAa) ficar pronto, prefeituras intensifiquem o trabalho de prevenção. O levantamento indica as regiões onde há maior concentração de mosquitos, uma ferramenta importante para orientar as ações de combate aos criadouros. "Vamos também fazer um esforço para que trabalhos comunitários sejam realizados", disse.

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