Crise hídrica

Apesar da chuva, nível do Cantareira e Alto Tietê cai, e três sistemas sobem

Somados, os dois sistemas que tiveram redução, Cantareira e Alto Tietê, abastecem cerca de 11 milhões de pessoas

Do JC Online
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Publicado em 05/12/2014 às 10:56
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Somados, os dois sistemas que tiveram redução, Cantareira e Alto Tietê, abastecem cerca de 11 milhões de pessoas - FOTO: Foto: Divulgação/Sabesp
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Apesar da chuva que atingiu na região metropolitana de São Paulo na tarde desta quinta-feira (4), o nível de dois dos seis reservatórios teve queda de 0,1 ponto percentual cada um nesta sexta-feira (5). Somados, os dois sistemas que tiveram redução, Cantareira e Alto Tietê, abastecem cerca de 11 milhões de pessoas.

O principal sistema de abastecimento da Grande São Paulo, o Cantareira, que fornece água para 6,5 milhões de pessoas, continua a cair. De acordo com a Sabesp, o sistema tem 8,2% de sua capacidade nesta sexta ante 8,3% do dia anterior. Com a chuva desta quinta, o reservatório acumulada 3,3 mm de água neste mês de dezembro.

Já o sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas, opera com 5,1% de sua capacidade. Este mês, a chuva acumulada chega a 9,1 mm. Na quinta, o reservatório tinha apenas 4,2 mm.

O sistema Alto Cotia, que atende a 400 mil pessoas, foi o que mais ampliou a capacidade: 0,7 ponto percentual. O reservatório opera com 29,9% de sua capacidade ante 29,2 de quinta.

Os reservatórios Rio Grande e Guarapiranga também subiram sua capacidade com as chuvas desta quinta. O sistema Rio Grande, que fornece água para 1,2 milhão de pessoas, subiu 0,2 ponto percentual e opera com 62,9% de sua capacidade --foi o reservatório que mais acumulou água (23,2 mm).

Já o Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, opera com 32,3% de sua capacidade e acumula 10,8 mm este mês. Até quinta, tanto Rio Grande quanto o Guarapiranga ainda não haviam acumulado água em dezembro.

O sistema de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, se manteve estável em sua capacidade: 29,9%. Com a chuva desta quinta, o sistema acumula 33,8 mm de água.

OBRAS CONTRA A SECA

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou nesta quinta-feira (4), em evento com a presidente Dilma Rousseff, convênio com o governo federal no valor de R$ 3,24 bilhões para viabilizar obras no Estado. Desse total, R$ 2,6 bilhões serão usados no combate à seca e o restante será destinado para projetos de mobilidade urbana.

A obra contra a seca a receber os recursos é a construção do Sistema Produtor São Lourenço, tida pelo governo paulista como essencial para combater a crise hídrica no Estado.

O sistema está orçado em R$ 2,6 bilhões. Desse valor, R$ 1,82 bilhão será financiado pela Caixa, com recursos do FGTS, e R$ 522,8 milhões pelos bancos privados, sendo a contrapartida do sistema São Lourenço de R$ 261,2 milhões. A obra abastecerá 1,5 milhão de pessoas em sete municípios da Grande SP.

A obra será feita por meio de parceria público-privada (chamada de PPP) e o dinheiro será administrado pelo consórcio privado responsável por ela.

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