Denúncia

Ex-chefe de UPP teria pago moradores para mentir no caso Amarildo

Durante a investigação, porém, as testemunhas admitiram à promotoria que receberam dinheiro dos policiais

Da ABr
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Publicado em 11/12/2014 às 12:32
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Durante a investigação, porém, as testemunhas admitiram à promotoria que receberam dinheiro dos policiais - FOTO: Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
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O Ministério Público do Rio e a Auditoria Militar denunciaram por crime militar quatro policiais militares envolvidos no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na favela da Rocinha (zona sul).

Os policiais são acusados de corrupção ativa de duas testemunhas na investigação do caso. De acordo com a denúncia, os policiais teriam pago propina para que as testemunhas acusassem o traficante Thiago da Silva Neris, conhecido como Catatau, pela morte de Amarildo.

Entre os acusados, está o ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha major Edson Raimundo dos Santos. Segundo a promotoria, além de fraldas descartáveis, os PMs teriam pago R$ 850 e R$ 500 para duas moradoras mentirem na investigação.

Durante a investigação, porém, as testemunhas admitiram à promotoria que receberam dinheiro dos policiais. O Ministério Público informou ainda que uma das testemunhas está desaparecida desde agosto. A filha dela registrou a ocorrência na Delegacia de Homicídios do Rio.

A promotoria pediu as prisões do major Edson Santos e do tenente Luiz Felipe de Medeiros , na época comandante e subcomandante da UPP, respectivamente. Ambos já estão detidos cautelarmente. Foram denunciados pelo mesmo crime também os soldados Newland de Oliveira e Silva Junior e Bruno Medeiros Athanasio.

Além disso, um novo laudo pericial de exame de voz, produzido pelo próprio Centro de Criminalística da PM concluiu que a voz que se fez passar pelo traficante Catatau assumindo a autoria da morte de Amarildo é do policial militar Marlon Campos Reis, réu no processo criminal do caso. O novo laudo reforça as provas que já haviam sido apresentadas pelo Ministério Público no início do ano.

A reportagem tentou localizar os advogados dos PMs denunciados, mas eles não foram encontrados até a publicação desta reportagem.

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