Preso na noite de quarta-feira (11) em Nova Iguaçu (RJ) sob suspeita de ter assassinado Fátima Miranda, um homem confessou em depoimento à Polícia Civil do Rio ter matado 39 mulheres ao longo de sete anos.
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Sailsson José das Graças afirmou, segundo a polícia, ser "matador profissional". Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense também prenderam Cleusa Balbina e José Messias, sob suspeita de serem os contratantes do homicídio de Fátima.
Em entrevista à TV Globo, exibida no "Bom Dia Rio" desta quinta-feira (11), Sailsson afirmou que o casal pagava suas despesas e lhe forneciam casa e comida, enquanto ele cometia assassinatos sob encomenda.
"Eles me bancavam. Era água, comida, teto, roupa nova, dinheiro. Em troca disso, a alma dos caras", disse ele.
O suspeito afirmou na entrevista que "matava por prazer" desde os 17 anos. De acordo com a polícia, ele matava apenas mulheres brancas a facadas.
"Ficava observando as vítimas, estudando. Esperava um mês, às vezes uma semana, dependendo do local. Procurava saber onde ela mora, como era a família dela. Passava na casa dela, ficava estudando. Passava um tempo ia de madrugada, numa brecha da casa, aproveitava, entrava e...", afirmou à TV Globo.
Ele afirmou que, ao matar uma das mulheres, assassinou também uma criança, filho da vítima, para evitar que o choro despertasse a atenção de vizinhos.
Sailsson disse que tomava precauções antes de cometer os assassinatos, como usar luvas, verificar a presença de câmeras no local do homicídio e não portar documentos. Ele declarou não se arrepender dos assassinatos e afirmou que pretende cometer novos crimes quando sair da prisão.
"Não me arrependo não. Para mim, o que tá feito, tá feito. Nada volta atras. Vou passar aqui uns dez anos, 15 anos... Depois vou voltar a fazer a mesma coisa."
O suspeito afirmou que começou a cometer crimes, como roubos, quando ainda criança, aos 14 anos. Cometeu o primeiro homicídio, segundo o relato, aos 17. "Deu aquela adrenalina", disse à TV.
Sailsson e o casal foram presos após investigação sobre a morte de Fátima Miranda. Os três estiveram com a vítima na noite anterior do crime, cuja data não foi divulgada pela polícia. Eles apresentaram informações contraditórias sobre a vítima e acabaram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. Ao falar com policiais, o suspeito relatou a série de crimes.
A Divisão de Homicídios afirma ter localizado quatro inquéritos relativos a crimes cometidos por Sailsson.