TRABALHO

Brasileiros são campeões em ler e-mails durante reuniões, diz pesquisa

Brasil fica à frente de Chile e Reino Unido. Pesquisa foi feita em dez países

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Publicado em 14/12/2014 às 12:29
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O Brasil é líder em ler e responder e-mails pessoais ou de trabalho durante reuniões. Para 57 de cem diretores de recursos humanos entrevistados no país, essa é uma prática "muito comum" entre os profissionais.

A pesquisa foi feita em dez países pela companhia de recrutamento Robert Half. O Brasil fica à frente de Chile e Reino Unido, onde 42% e 30% dos diretores observam o comportamento, respectivamente. Foram ouvidos 1.475 diretores de recursos humanos.

"Ainda que seja comum, é uma atitude muito deselegante com os participantes da reunião. O desvio de atenção ainda pode comprometer a compreensão de algum dado relevante", diz, em nota, Fernando Mantovani, diretor da Robert Half.

Há algumas empresas que tentam contornar o problema. Em agosto, a Folha de S.Paulo mostrou que a agência de publicidade Lew'LaraTBWA, de São Paulo, instalou um "totem anticelular" ao lado das salas de reunião para evitar que as pessoas usem o aparelho durante o encontro.

Funcionários e clientes da agência podem depositar seus telefones no recipiente e colocá-los para carregar. Também podem deixá-los na recepção, onde a recepcionista atende as chamadas e anota os recados.

"O cliente ou funcionário recebe mais atenção e a reunião se torna mais objetiva e mais curta. Todo mundo quer ir embora logo para ver o celular", afirmou Marcio Oliveira, 41, presidente da agência.

O estudo aponta também que 45% dos gestores brasileiros aceitam a prática em casos de mensagens urgentes, e 30% quando o colaborador não estiver envolvido com o assunto em pauta.

Outros são mais radicais. Para 13%, o funcionário deve se retirar no momento em que for ler o e-mail e, para 12%, o acesso aos e-mails deve ser desligado durante as reuniões.

Veja o ranking completo

Brasil (57%)

Chile (42%)

Reino Unido (30%)

Emirados Árabes (27%)

Suíça (20%)

França (19%)

Bélgica (18%)

Alemanha (17%)

Áustria (16%)

Holanda (15%)

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