Crise Hídrica

Cantareira cai pelo 10° dia consecutivo e opera com 5,5% de sua capacidade

O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente registrado na série histórica de 72 anos do Inmet

Da Folhapress
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Publicado em 21/01/2015 às 10:42
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O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente registrado na série histórica de 72 anos do Inmet - FOTO: Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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Pelo décimo dia consecutivo, o nível do Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, baixou nesta quarta-feira (21) e opera com 5,5% de sua capacidade.

De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do reservatório baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. A série de queda começou no dia 11 de janeiro quando o sistema operava com 6,6% de sua capacidade.

A falta de chuva e as altas temperaturas registradas no mês de janeiro ajudam a explicar o ritmo de queda do Cantareira e dos demais reservatórios, que também tiveram redução em sua capacidade nesta quarta.

O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente registrado na série histórica de 72 anos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira.

O sistema Cantareira registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas estão elevadas, um incentivo para maior consumo.

A principal aposta da Sabesp para reduzir o consumo de água na Grande São Paulo foi reduzir a pressão na rede. Contudo, essa medida aumenta a possibilidade de contaminação, caso seja feita de maneira equivocada, segundo especialistas.

DEMAIS SISTEMAS

Outro sistema que também ampliou seu ritmo de queda foi o Alto Tietê que atinge 10% de sua capacidade após baixar 0,2 ponto percentual em relação ao índice de terça. O sistema cai consecutivamente desde o dia 13 de janeiro, quando o manancial registrou 11,3% de sua capacidade.

O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

A represa de Guarapiranga também voltou a sofrer com a escassez de chuva. O sistema, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 38,2% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.

O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, baixou 0,3 ponto percentual e opera nesta quarta com 28,2% de sua capacidade.

O nível dos sistemas Rio Claro e Rio Grande caiu em relação ao dia anterior: 0,6 e 0,2 ponto percentual, respectivamente. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 22% de sua capacidade. Já o manancial de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 68,6% de sua capacidade.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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