O ministro Vinicius Lages (Turismo) defendeu nesta quarta-feira (21) a facilitação na concessão de vistos para turistas durante a Olimpíada de 2016, no Rio. Ele se reuniu com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para discutir como aproveitar os jogos para aumentar o número de visitantes na cidade e em todo o país.
De acordo com o ministro, a medida visa atrair principalmente turistas norte-americanos e chineses. Ele disse, contudo, que a decisão depende de negociação com o Itamaraty e a presidente Dilma Rousseff.
"Junto com o prefeito, defendemos que o Brasil crie um passaporte olímpico, antecipando a liberação de vistos. É uma forma de o Brasil comunicar ao mundo que essa barreira comercial negativa... Tudo que você colocar para dificultar ao turista viajar, vai tornar a experiência desconfortável", afirmou o ministro.
Lages citou como exemplo o número de turistas chineses em todo mundo. Segundo ele, foram 100 milhões de viajantes com origem no país asiático, dos quais apenas 60 mil vieram ao Brasil. Para Paes, "nosso exemplo tem que ser Barcelona, onde o turismo saiu de 800 mil para 8 milhões por ano".
Para o ministro, o incremento no número de turistas depende de uma reformulação na Embratur. O titular da pasta classificou a empresa como "enferrujada", atuando "sem estar articulada com as outras plataformas de negócios que o Brasil tem". "É preciso reformatar a Embratur. É uma agência enferrujada, sem articulação com o privado e estabelecimento de metas. A nossa presença é insignificante [no exterior]."
Lages disse que se a estratégia de promoção do país permanecer a mesma, o país terá um incremente de até 500 mil turistas em 2016, atingindo 6,5 milhões. Mas se novas estratégias forem adotadas, o Brasil pode chegar a 7 milhões de visitantes.
"Tudo depende do esforço. Se fizermos uma aliança com os Estados brasileiros para tentar estender essa visita através de um 'Brazil pass', em que você possa, mesmo antes dos Jogos, visitar outra capital com uma tarifa diferenciada de hotel e avião, vai poder potencializar mais essa visita", afirmou o ministro.