Os novos contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) vão ser autorizados a partir da qualidade dos cursos e do perfil da graduação - aquelas com maior carência de profissionais, como licenciaturas, terão prioridade.
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Foi o que afirmou na manhã desta quarta-feira (11) o ministro Cid Gomes (Educação). Como a Folha de S.Paulo mostrou nesta quarta, a pasta quer aumentar rigor do Fies na análise de indicadores como CPC (Conceito Preliminar de Curso) e IGC (Índice Geral de Cursos).
"Em vez de sermos um financiador passivo,vamos ser um sujeito, até para incluir esse princípio de qualidade", disse Gomes após agenda com o ministro Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa). Segundo ele, as mudanças devem ser anunciadas até amanhã.
Ele ainda indicou que a pasta vai analisar o índice de reajuste das mensalidades na renovação dos contratos. Ontem, entidades privadas afirmaram que valores com reajuste acima de 4,5% (centro da meta da inflação) não conseguiam realizar o processo de aditamento de contrato.
"Se a gente está pagando, tem que ter um mínimo de critério. Se alguém reajustar sua mensalidade num valor que é acima da inflação, tem que ser justificado", disse o ministro.
"REGULARIZAR O FLUXO"
Cid disse estar assegurada a manutenção do Fies, mas disse ser preciso "regularizar o fluxo". "O que estamos discutindo agora é como se fará no futuro. (...) Cumprido o papel de estoque, de dívida que o passado não permitiu [de acesso ao ensino superior], agora queremos regularizar o fluxo, pautando qualidade como princípio fundamental para essas vagas.