O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (11) que a administração estadual deverá pedir ao Banco Central alteração em legislação que proíbe a destruição de papel moeda.
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A mudança tem como objetivo a adoção de tecnologia que inviabilize o uso do dinheiro roubado de caixas eletrônicos por organizações criminosas.
"Haverá uma reunião na sexta-feira da semana que vem para discutir tecnologias para inviabilizar a utilização da nota roubada do caixa eletrônico. Se a pessoa não puder usá-la, acaba o crime", explicou.
"Os procedimentos, as legislações e as normas são dinâmicas e têm de atender ao interesse público. Então, havendo necessidade, vamos pedir que altere [a legislação]", acrescentou.
Conforme a Folha de S.Paulo revelou neste domingo (8), além da região metropolitana, o interior de São Paulo tem registrado uma série de ataques a agências em cidades pequenas.
Na madrugada desta terça-feira (10) teve êxito novo dispositivo de segurança adotado pelo governo estadual. O aparelho lança uma fumaça espessa quando um caixa eletrônico é arrombado.
Graças ao novo sistema, foram presos três suspeitos de atacar uma agência bancária na zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, a falta de visibilidade provocada pela fumaça dificultou a fuga.
As ferramentas estão em análise por um grupo formado pela inteligência das polícias Civil e Militar, além de representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Segundo a reportagem apurou, o método de aplicação de tinta vermelha nas notas de caixas explodidos deve ser substituído. Anunciada como panaceia, a estratégia foi rapidamente superada por criminosos com o uso de produtos capazes de remover a tinta.
CELULARES
O governador de São Paulo anunciou que enviará à Assembleia Legislativa projeto de lei, em regime de urgência, que proíba empresas de desbloquearem o IMEI de telefones celulares (espécie de número de série do aparelho).
Segundo o tucano, de acordo com a nova proposta, apenas as empresas que tiverem autorização da Polícia Civil poderão fazer o desbloqueio.
"Inclusive, as empresas que atuarem clandestinamente, há a possibilidade de perderem a inscrição estadual", explicou.
O objetivo da iniciativa estadual é desmotivar o roubo de celulares, uma vez que, bloqueados os aparelhos, não poderão ser utilizados por grupos criminosos.