Decisão

Justiça decreta prisão de mulher acusada de envenenar filho e marido

Segundo investigação, a mulher colocou veneno de rato, conhecido como chumbinho, em um sorvete de morango oferecido ao filho e em uma taça de vinho do marido

Da Folhapress
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Publicado em 07/05/2015 às 18:17
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Segundo investigação, a mulher colocou veneno de rato, conhecido como chumbinho, em um sorvete de morango oferecido ao filho e em uma taça de vinho do marido - FOTO: Foto: Acervo pessoal
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A Justiça do Ceará decretou a prisão preventiva de Cristiane Renata Coelho, 41, acusada de envenenar o marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino, 45, e o filho deles Lewdo Coelho Severino, 9.

A decisão da juíza Daniela da Rocha, da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, também ordena a quebra de sigilo dos e-mails de Cristiane e de Francileudo e de seus perfis nas redes sociais, no período de julho de 2013 a janeiro de 2015. O objetivo é identificar se houve coautoria do crime. Os dados serão repassados à Polícia Civil.

Na segunda-feira (4), o Ministério Público do Ceará apresentou denúncia contra Cristiane Coelho. Ela foi acusada de homicídio do filho e de tentativa de homicídio do marido em novembro de 2014.

Segundo investigação da polícia e denúncia da Promotoria, a mulher colocou veneno de rato, conhecido como chumbinho, em um sorvete de morango oferecido ao filho e em uma taça de vinho do marido. A criança morreu e o marido foi hospitalizado, mas sobreviveu.

Na decisão, da última terça-feira (5), a magistrada afirma que os laudos periciais, como exame toxicológico, e depoimentos de testemunhas representam "mais do que indícios" de que Cristiane usou o veneno para tirar a vida do filho e tentar matar o marido.

"Os peritos apontam a pessoa que manteve sua integridade física incólume, ou seja, a senhora Cristiane Renata Coelho Severino, como sendo quem tenha administrado e manipulado o veneno em alusão, tanto para o vinho degustado por Francileudo, como para uso no sorvete", diz a decisão.

A juíza cita ainda depoimento de uma das testemunhas, que teria mencionado o interesse de Cristiane em adquirir o veneno de rato.

O advogado de Cristiane, Paulo Quezado, não atendeu as ligações da reportagem.

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