Em assembleia feita no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram manter a greve, que, no próximo dia 13, completa dois meses. A principal reivindicação é salarial: eles pedem aumento de 75,33%. Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira (15) também no vão livre do Masp.
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Segundo a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha, a greve continua porque a categoria considera inadmissível a posição do secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, “de não oferecer nada”.
Maria Izabel comentou ainda sobre a liminar concedida ontem (7) pela juiza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública, que proíbe que o governo desconte os salários dos grevistas enquanto a greve não for julgada legal ou ilegal. O governo paulista estava descontando o ponto dos professores parados. “A nossa greve ainda não foi julgada, portanto não tem como descontar alguma coisa”, disse.
Na quinta-feira (7) ocorreu uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo entre os professores e a Secretaria de Estado da Educação, que terminou sem acordo. Com isso, o dissídio coletivo de greve segue agora para sorteio de relator e julgamento.
Em entrevista a jornalistas ontem, o secretário de Educação disse que não há qualquer possibilidade do governo oferecer aumento aos professores neste momento. “A secretaria não apresentará qualquer proposta se não tivermos absolutamente claro o comportamento da arrecadação do estado. É público que o país passa por um processo de queda de arrecadação e qualquer que seja a sinalização de uma política salarial tem que ser feita com muita responsabilidade”, disse.
Por volta das 15h40 desta sexta-feira (8), quando a assembleia estava começando, a Polícia Militar estimou a presença de mil professores no vão livre do Masp. Neste momento, os professores seguem em caminhada pela Avenida Paulista com destino à Marginal Tietê.
Uma nova reunião entre governo e professores está agendada para o dia 13 de maio, a partir das 9h, mas sem a intermediação do tribunal.