Minas e Energia

Usinas nucleares podem ser construídas por empresas privadas, diz ministro

Ministro participou da abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico com outras lideranças do setor

Da AFP
Cadastrado por
Da AFP
Publicado em 27/05/2015 às 13:00
Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Ministro participou da abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico com outras lideranças do setor - FOTO: Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Leitura:

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse  (27) que a usina termonuclear Angra 3 deverá ser a última a ser construída no modelo de obra pública. O ministro participou da abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico com outras lideranças do setor e defendeu a construção das usinas por empresas privadas.

"O modelo de construção precisa ser modificado. O modelo de obra pública para a construção de térmicas nucleares, na minha visão, está vencido. Acho que Angra 3 é a última experiência nossa de construção de obra pública para energia nuclear”, observou.

Eduardo Braga ponderou, que sua posição não significa que o governo é a favor da operação de usinas nucleares pela iniciativa privada. Ele afirmou que as partes de construção, engenharia e montagem eletromecânica seriam contratadas pelo mercado, e a operação continuaria a ser estatal.

O ministro afirmou também que estão em estudo 21 pontos estratégicos em todas as regiões brasileiras para que sejam instaladas mais quatro usinas nucleares previstas pelo plano.

"Nosso objetivo é que no segundo semestre estejamos com um pré-estudo para discutir com a presidenta", disse Braga,  ao destacar que, além de selecionar os pontos é preciso discutir a ordem em que serão construídas. "Temos que entender qual é o ponto ótimo para ser o primeiro, segundo,  terceiro e o quarto".

Braga defendeu uma mudança de prioridades e a quebra do preconceito contra a energia nuclear ao discursar no evento. Aos jornalistas, destacou a necessidade de fortalecer e baratear as térmicas de base para garantirem a retomada da indústria, e declarou que a crise hídrica deixou isso evidente. "Ficou claro para todos que há uma mudança no clima e no ritmo hidrológico do nosso país." 

O ministro defendeu que o Brasil, como país que tem grandes reservas de urânio, deveria ser autossuficiente na produção do urânio enriquecido.

Últimas notícias