Na abertura oficial da 19ª Parada do Orgulho LGBT, ocorrida na manhã deste domingo (7), o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentaram cobranças por parte do público sobre a atuação pública contra a homofobia e intolerância à transgeneridade.
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Durante os discursos da mesa e coletiva de imprensa, que contava com autoridades do governo paulista e dos principais movimentos à causa, ativistas levantaram cartazes em protesto do caso da travesti Verônica Bolina, espancada quando estava presa na 2ª DP (Bom Retiro), no centro de São Paulo. De acordo com os manifestantes, faltou atuação e esclarecimento por parte do governo.
O secretário de segurança, Alexandre de Morais, disse haver um terceiro laudo de investigação em curso para tentar esclarecer o caso.
Também houve um questionamento sobre o corte de verbas para a realização da parada deste ano.
"Queremos o diálogo e não o enfrentamento", disse Nelson Matias, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que questionou diretamente o prefeito sobre o encurtamento do investimento.
"Nós tivemos uma questão em relação ao Ministério Público, que nos fizeram recomendações e temos que atentar", respondeu Haddad. "Mas, a prefeitura de São Paulo, sem sombra de dúvida, é a que mais apoia o movimento no Brasil. A parada do Rio tem a mesma escala que a nossa, independente do número exato de participação, e foram rateados R$ 800 mil por parte do governo e prefeitura cariocas. Aqui, só a prefeitura cotou R$ 1,3 milhões." Valor que, de acordo com o prefeito, corresponde a uma vez e meia do que foi investido na parada carioca.
PARADA
No começo da tarde deste domingo, centenas de pessoas já ocupavam a avenida Paulista e acompanhavam os 18 trios elétricos. O movimento começou às 10h.
O tema deste ano é "Eu nasci assim. Eu cresci assim. Vou ser sentir assim. Respeitem-me!" e é uma reverência à autoestima e à aceitação. Alguns transsexuais se queixam de exclusão do movimento.
A avenida Paulista e algumas ruas dos arredores estão interditadas.