A atendente de telemarketing Laís Rodrigues Castano, 20, foi executada com pelo menos 12 tiros em plena avenida Marechal Argolo Ferrão, na Vila Sabrina, zona norte de São Paulo.
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Por volta das 18h30 deste domingo (7), Laís ia encontrar uma amiga em uma lanchonete antes de ir à Parada Gay, na avenida Paulista, região central.
No caminho da lanchonete, antes de encontrar a amiga, foi abordada por um homem. Eles discutiram e o homem disparou contra a garota. A família estima que ao menos 12 tiros atingiram o corpo da vítima, que morreu na hora.
Uma testemunha, segundo a família, disse ter visto o homem entrando em um carro na cor prata. Laís, que era bissexual, ia "dar uma olhada no movimento" da Parada Gay, segundo seu irmão Renato Júnior de Macedo, 17.
A garota já tinha contado sobre sua bissexualidade à família e amigos, segundo a prima Bruna Costa, 22. "Ela era muito família, quieta. Não tinha inimigos. Foi na maldade mesmo, ela nunca teve briga com ninguém, era sossegada. A mãe dela está arrasada", diz a prima.
"Ela era fechada, não deve ter sido um crime por preconceito", conta o irmão. A família não soube informar se Laís tinha recebido algum tipo de ameaça.
A PM fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi preso. Segundo a Polícia Civil, o caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Laís trabalhava com telemarketing sem contrato formal. Nesta segunda-feira (8), Laís deveria comparecer a uma entrevista de emprego em uma empresa de cobranças por telefone. O IML (Instituto Médico Legal) do centro informou que o corpo já foi liberado, mas a família ainda não foi retirar.