Violência

Bissexual é executada com ao menos 12 tiros a caminho da Parada Gay

A garota já tinha contado sobre sua bissexualidade à família e amigos

Da Folhapress
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Publicado em 08/06/2015 às 13:18
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A atendente de telemarketing Laís Rodrigues Castano, 20, foi executada com pelo menos 12 tiros em plena avenida Marechal Argolo Ferrão, na Vila Sabrina, zona norte de São Paulo.

Por volta das 18h30 deste domingo (7), Laís ia encontrar uma amiga em uma lanchonete antes de ir à Parada Gay, na avenida Paulista, região central.

No caminho da lanchonete, antes de encontrar a amiga, foi abordada por um homem. Eles discutiram e o homem disparou contra a garota. A família estima que ao menos 12 tiros atingiram o corpo da vítima, que morreu na hora.

Uma testemunha, segundo a família, disse ter visto o homem entrando em um carro na cor prata. Laís, que era bissexual, ia "dar uma olhada no movimento" da Parada Gay, segundo seu irmão Renato Júnior de Macedo, 17.

A garota já tinha contado sobre sua bissexualidade à família e amigos, segundo a prima Bruna Costa, 22. "Ela era muito família, quieta. Não tinha inimigos. Foi na maldade mesmo, ela nunca teve briga com ninguém, era sossegada. A mãe dela está arrasada", diz a prima.

"Ela era fechada, não deve ter sido um crime por preconceito", conta o irmão. A família não soube informar se Laís tinha recebido algum tipo de ameaça.

A PM fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi preso. Segundo a Polícia Civil, o caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Laís trabalhava com telemarketing sem contrato formal. Nesta segunda-feira (8), Laís deveria comparecer a uma entrevista de emprego em uma empresa de cobranças por telefone. O IML (Instituto Médico Legal) do centro informou que o corpo já foi liberado, mas a família ainda não foi retirar.

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