Relatório

Unicef: transmissão de aids de mãe para filho cai 50% no Brasil em 18 anos

Entretanto, a incidência da doença em meninos entre 15 e 19 anos aumentou 53% no mesmo período

Da ABr
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Publicado em 13/07/2015 às 17:43
Foto: Adair Gomes / Imprensa MG / Fotos Públicas
Entretanto, a incidência da doença em meninos entre 15 e 19 anos aumentou 53% no mesmo período - FOTO: Foto: Adair Gomes / Imprensa MG / Fotos Públicas
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Relatório divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em comemoração aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mostra que entre 1995 e 2013, no Brasil, o número de crianças com menos de 5 anos que contraíram aids das mães caiu pela metade. Em 2013, foram detectados 374 casos de transmissão vertical da doença – últimos dados disponíveis, e o relatório não menciona quantos foram os casos de 1995.

Em contrapartida, o levantamento da Unicef aponta que, seguindo tendência mundial, entre 2004 e 2013 a incidência de aids em meninos entre 15 e 19 anos aumentou 53%, o que se mostra um desafio para o país. Nessa faixa etária, a incidência do vírus em meninos é 30% maior do que em meninas, além disso, meninos que fazem sexo com outros meninos têm dez vezes mais chances de contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV) do que aqueles que não recorrem à prática homossexual.

Para o Unicef, o Brasil ainda precisa melhorar o acesso à prevenção, à testagem e aos serviços de atendimento e tratamento direcionados para o público adolescente. O Ministério da Saúde tem usado em campanhas de conscientização a estratégia de falar diretamente com os jovens.

Segundo o relatório, a Rede Cegonha, implantada em 2011 pelo governo, tem melhorado a assistência às gestantes e aos recém-nascidos, o que pode ser visto na queda da transmissão de HIV entre mãe e filho, mas o aumento dos números relacionados a sífilis congênita mostra que os cuidados ainda precisam ser fortalecidos. Entre 1998 e 2013, a taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano subiu de 1,1 para 4,7 a cada mil nascidos vivos, o que mostra deficiência no atendimento pré-natal. A doença pode provocar aborto, morte neonatal, parto prematuro e má formação do bebê.

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