Recuperado de um furo no peito, primeiro revés desde que ganhou fama momentânea, o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apelidado de "Pixuleko" durante as manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff do dia 16, iniciou nesta sexta-feira (28) um tour pelo país.
O destino escolhido para sua segunda aparição pública foi a capital paulista, cidade que tem reunido o maior número de pessoas nas manifestações contra a presidente.
Com uma bola de presidiário no tornozelo e olhos grandes e arregalados, a alegoria de plástico que fez sucesso no ultimo protesto em Brasília chamou a atenção de quem passou na manhã desta sexta-feira (28) pela ponte Estaiada, na Marginal Pinheiros.
Como a maioria dos turistas que visitam São Paulo, a rápida passagem de "Pixuleko" deverá priorizar os cartões-postais da capital paulista, estratégia do Movimento Brasil que será replicada em outras cidades do país para dar maior visibilidade à sua criação de plástico.
AV. PAULISTA
Nesta sexta, a nova celebridade da internet, que já tem mais de 8.500 seguidores no Twitter, deverá visitar o viaduto do Chá, no centro de São Paulo, após ser visto nesta manhã na ponte Octavio Frias de Oliveira. No domingo (30), aproveitará para passear pela avenida Paulista.
"O Pixuleko não resiste e vai pegar sol na praia do prefeito Fernando Haddad", brinca Cilene Carvalho, do Movimento Brasil em São Paulo.
A intenção na avenida Paulista é que ele seja colocado em frente ao prédio onde funciona em São Paulo o escritório do TCU (Tribunal de Contas da União), em um esforço para pressioná-lo a agilizar a análise de supostas irregularidades nas contas do governo federal de 2014.
Na sequência, a ideia é de que o boneco inflável faça aparições públicas em cidades do interior de São Paulo, que ainda não foram definidas.
Com pedidos de visitas em todo o país, o Movimento Brasil ainda decide se "Pixuleko" deve continuar no próximo mês na Região Sudeste, em estados como Minas Gerais e Espírito Santo, ou trilhar caminhos mais longos: viajando à Região Nordeste.
A alegoria de plastico foi batizada em referência ao termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para se referir a propina, segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, delator da Operação Lava Jato.