O médico pernambucano Jarbas Barbosa, que é presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), falou hoje à Rádio Jornal sobre a polêmica em torno do medicamento para câncer fosfoetanolamina sintética. Segundo Barbosa, apesar do produto já ser fabricado e distribuído artesanalmente há vários anos por uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), "qualquer substância que pretenda vir a ser um medicamento prescrito por médico tem que percorrer um caminho, seja no Brasil ou nos Estados Unidos ou na Europa". Por isso, a necessidade de serem realizados testes junto à Anvisa, para comprovar que a droga não é prejudicial à saúde.
Jarbas Barbosa participou do programa Passando a Limpo desta quinta-feira (05/11), que contou com as presenças dos comunicadores Geraldo Freire e Wagner Gomes e da diretora adjunta de redação do Jornal do Commercio, Maria Luiza Borges. O presidente da Anvisa detalhou a situação da chamada "pílula do câncer": atualmente, existem várias ações judiciais tanto proibindo como liberando a produção do medicamento, mas o órgão nunca recebeu pedido de registro da droga, nem dos ensaios clínicos. Apesar de ser um processo demorado, Barbosa adiantou que, quando isso acontecer, a fosfoetanolamina terá preferência sobre outras análises.
"Quando uma droga é desenvolvida no Brasil, ela tem prioridade, e quando é uma droga para uma doença com poucas alternativas, como é o caso do câncer, ela também tem prioridade, então, na hora que a fosfoetalonamina for registrada, ela vai para o primeiro lugar da fila da Anvisa", afirmou.