As 183 famílias que perderam suas casas devido ao rompimento das barragens da Samarco, em Mariana (MG), serão realocadas em casas e terão o aluguel pago pela mineradora. A medida foi definida nesta terça-feira (10) em reunião de representantes da empresa com membros do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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"Foi acertado que haverá esse assentamento com o pagamento do aluguel pela empresa. O que ainda precisa ser definido é o cronograma e a mecânica dessa operação. A Samarco diz que já encontrou vários imóveis para colocar as pessoas", disse o defensor público Aylton Magalhães.
As 631 pessoas atingidas pela tragédia estão abrigadas em hotéis e pousadas da região de Mariana. Na última quinta-feira (5), duas barragens de rejeitos de minério da Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, se romperam, devastando o subdistrito de Bento Rodrigues e deixando mortos e desaparecidos.
LICENÇA E FÉRIAS
Os funcionários da empresa em Mariana ficarão em licença remunerada desta terça-feira até o próximo dia 29. Depois desse período, eles entrarão em férias coletivas de 30 de novembro a 4 de janeiro.
Os benefícios atendem a uma solicitação do Metabase (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos) de Mariana. Segundo o presidente da entidade, Ronaldo Bento, a medida contempla 90% dos 1.680 funcionários da mineradora no município.
As atividades da empresa foram embargadas na cidade pelo governo de Minas Gerais na última sexta-feira (6), um dia após a tragédia. A causa da ruptura das barragens ainda é investigada.
A Samarco confirmou a decisão de conceder licença e férias coletivas. Até o início da noite desta terça, a empresa ainda não havia respondido os questionamentos da reportagem sobre o aluguel pago aos desabrigados.