França

Brasileira ferida em ataques de Paris diz estar bem e agradece apoio

Além dela, houve mais um brasileiro ferido nos ataques: o arquiteto Gabriel Sepe, 29

Da Folhapress
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Publicado em 23/11/2015 às 18:00
Foto: KENZO TRIBOUILLARD AFP
Além dela, houve mais um brasileiro ferido nos ataques: o arquiteto Gabriel Sepe, 29 - FOTO: Foto: KENZO TRIBOUILLARD AFP
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A psicóloga brasileira Camila Issa, 29, que foi ferida durante os ataques terroristas de Paris do último dia 13, divulgou uma mensagem na qual agradece o apoio que tem recebido e relata como tem sido sua recuperação física e psicológica após o atentado.

Camila foi atingida por estilhaços de sete disparos durante os ataques no restaurante Le Petit Cambodge, onde terroristas abriram fogo contra clientes, deixando 15 mortos.

Em seu depoimento, dado ao site de notícias G1 via Facebook, Camila -que segue hospitalizada- agradece as "manifestações de carinho e união" que recebeu, e afirma estar num quadro estável, se sentindo melhor a cada dia.

Além disso, diz que o apoio de amigos, familiares, profissionais de saúde e até mesmo desconhecidos foi fundamental para sua recuperação física e sua estabilidade psicológica.

Parte do áudio da mensagem foi divulgado neste domingo (22) pelo telejornal "Fantástico", da TV globo.

Após ser atingida, Camila passou por cirurgia no hospital Pitié Salpêtrière, no leste de Paris.

Em relato à Folha de S.Paulo no dia seguinte aos ataques, seu irmão, Gabriel Issa, disse ter conversado com a irmã, que passava bem apesar da voz fraca.

Camila é formada em psicologia pela PUC-SP e cursa o segundo ano de mestrado na Univerisade Paris Diderot - Paris 7.

Além dela, houve mais um brasileiro ferido nos ataques: o arquiteto Gabriel Sepe, 29. Ele levou três tiros nas costas, mas passou por cirurgia e também passa bem. Sepe segue hospitalizado.

 

CONFIRA ABAIXO A ÍNTEGRA DO TEXTO

"Eu gostaria, em primeiro lugar, de agradecer todas essas manifestações de carinho e união. Sem toda essa corrente, que foi formada no Brasil e na França, eu jamais poderia me encontrar como estou hoje, em um quadro estável. O susto passou, este primeiro momento ficou para trás. Eu fui atingida durante o atentado ao restaurante Petit Cambodge, em Paris. Os ferimentos à bala não colocaram a minha vida em risco. Esses machucados, no entanto, foram graves e requerem um longo e cuidadoso tratamento. Trata-se de um processo em que devemos pensar em um dia após o outro. E a cada dia, de fato, eu me sinto melhor.

Desde o começo, um círculo muito forte foi formado ao meu redor, de amigos, familiares, profissionais da saúde e até mesmo desconhecidos, e isso foi fundamental tanto para a minha recuperação física como para minha estabilidade psicológica. Diante de uma cena de tanto terror e violência, este verdadeiro batalhão que me deu atenção e carinho, esta verdadeira rede de solidariedade que se formou, eles me mostraram, acima de tudo, que é o amor que faz tudo valer a pena. Para mim, o poder da vida vence sempre."

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