Educação

Programa vai incentivar intercâmbio acadêmico entre países da América Latina

Desenvolvido em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos e com o Conselho Universitário Ibero-americano, programa está na fase de consolidação

Da ABr
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Publicado em 30/11/2015 às 12:12
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Desenvolvido em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos e com o Conselho Universitário Ibero-americano, programa está na fase de consolidação - FOTO: Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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A secretária-geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan, defendeu a importância de programas de intercâmbio acadêmico na formação do estudante. “A América Latina é a região com menor índice de mobilidade acadêmica no mundo”, afirmou a costarriquenha que veio ao Brasil para articular agendas de cooperação com o governo brasileiro.

Em entrevista à Agência Brasil, Rebeca falou sobre o programa Aliança pela Mobilidade Acadêmica Ibero-americana, uma iniciativa que vai possibilitar a estudantes e pesquisadores dos 22 países da América Latina, além de Portugal, Espanha e Andorra, fazer intercâmbios acadêmicos. Ela estima que o programa já estará em curso no primeiro trimestre de 2016.

Segundo Rebeca, o programa vai possibilitar, pela primeira vez, que um número significativo de pessoas estudem, por um período, ou façam práticas laborais em outro país. “Queremos chegar a 200 mil intercâmbios até 2020”.

“Enquanto que na Ásia 7,5% dos estudantes têm uma experiência educativa fora do país, aqui [América Latina] é apenas 1%. Queremos que essas experiências sejam de qualidade, que os créditos [pontuação das matérias] sejam reconhecidos mutuamente e que seja acessível para os grupos de menor renda que estão na universidade”, afirmou Rebeca.

O programa é desenvolvido em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos e com o Conselho Universitário Ibero-americano e está em fase de consolidação de parcerias. Segundo Rebeca, o banco Santander já se comprometeu a patrocinar 40 mil bolsas de estudo até 2020.

Laboratório de Inovação Cidadã

A secretária participou ontem (29) do encerramento do Laboratório de Inovação Cidadã, no Rio de Janeiro. O Laboratório reuniu 120 pesquisadores e estudantes de 14 países ibero-americanos para o desenvolvimento de projetos de inovação. A iniciativa é uma parceria da Secretaria-Geral Ibero-Americana com o Ministério da Cultura brasileiro. A primeira edição foi no ano passado, no México.

Entre os projetos que estão sendo desenvolvidos, há um que chama a atenção pelo momento delicado que o país vive – com aumento do número de casos de microcefalia, possivelmente relacionados à infecção por vírus zika. A ideia inovadora é a criação de um aplicativo de celular que faz a contagem automática de ovos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, do vírus zika e da chikungunya.

“As amostras [atualmente] são contadas manualmente, precisam de técnicos especializados, lupas e luvas. O que queremos é expandir essa tecnologia para o uso da sociedade”, explicou o analista ambiental Odair Scatoline, um dos executores do projeto. “Estamos desenvolvendo um aplicativo em que cidadãos comuns podem utilizar o celular e, semanalmente, fotografar os ovos e enviar a um servidor na web, onde será feita uma contagem automatizada desses ovos e disponibilizada em um mapa”.

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