SAÚDE

OMS contesta declarações de ministro da Saúde sobre Aedes aegypti

Com cuidado político, a OMS mandou uma mensagem diferente sobre como avalia a situação

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 26/01/2016 às 10:25
Foto: Divulgação/ Secretaria Estadual de Saúde
Com cuidado político, a OMS mandou uma mensagem diferente sobre como avalia a situação - FOTO: Foto: Divulgação/ Secretaria Estadual de Saúde
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) contestou as declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que disse que o Brasil "perde feio" a batalha contra o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de zika, dengue e chikungunya.

"Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito. Ano passado foi o (ano) que teve o maior número de casos de dengue no Brasil em toda a história", disse Castro nesta segunda-feira (25).

Com cuidado político, a OMS mandou uma mensagem diferente sobre como avalia a situação. "Acho que é algo fatalista", disse o porta-voz da entidade, Christian Lindmeier, na manhã desta terça-feira, 26, em Genebra, na Suíça, ao responder a uma pergunta do jornal O Estado de S. Paulo sobre a declaração do ministro. 

"Se esse fosse o caso, poderíamos abandonar tudo. Não é o caso", disse. "Podemos esperar ver a doença em mais lugares. Estamos trabalhando e é difícil eliminar o mosquito", declarou o porta-voz. 

A OMS também insistiu em não comentar o fato de o Brasil ter tido um recorde no número de casos de dengue. "Não é uma luta só brasileira. Ainda vemos o problema nas regiões tropicais. Não posso comentar a situação brasileira. O que, sim, vemos é que há muito esforço em medidas preventivas", afirmou Lindmeier. 

Emergência

Na quinta-feira, 28, a pedido da direção da OMS, uma reunião especial será realizada em Genebra para lidar com a crise do zika. Durante o encontro, a Organização Pan-Americana de Saúde fará anúncios sobre como tem lidado com a doença e países também apresentarão suas medidas. 

A OMS assumiu a coordenação do combate à doença apenas na semana passada, depois que o vírus havia sido registrado em 21 países.

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