Tragédia ambiental

Dilma quer participação de vítimas na definição de indenizações da Samarco

Segundo interlocutores da presidente, Dilma deve agendar para os próximos dias uma reunião com os governadores de Minas Gerais e Espírito Santo

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 24/02/2016 às 19:32
Foto: divulgação/Prefeitura de Mariana
Segundo interlocutores da presidente, Dilma deve agendar para os próximos dias uma reunião com os governadores de Minas Gerais e Espírito Santo - FOTO: Foto: divulgação/Prefeitura de Mariana
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A presidente Dilma Rousseff quer que as vítimas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), no dia 5 de novembro do ano passado, sejam incluídas nos debates em torno do acordo extrajudicial que está sendo negociado entre a Samarco, Vale e BHP Billiton, os Ministérios Públicos Federal e Estadual e entidades governamentais. 

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, esperava concluir o acordo no início deste mês. Além disso, estava prevista para a última sexta-feira (19), a consolidação das redações dos textos que já são consenso entre as partes. No entanto, segundo a Advocacia-Geral da União, a minuta ainda está em processo de elaboração.

Segundo interlocutores da presidente, Dilma deve agendar para os próximos dias uma reunião com os governadores de Minas Gerais e Espírito Santo, representantes das empresas e do poder judiciário para defender que as vítimas têm o direito de participar do comitê que trabalha para definir indenizações e ações de reparação ambiental. 

A pendência para que o "martelo seja batido", segundo fontes do Planalto, está principalmente na resistência da empresa em aceitar - como quer o governo - a responsabilidade por obras de compensação, como saneamento básico, tratamento de resíduos sólidos, reflorestamento. 

Há impasse também nas questões relacionadas ao financiamento das ações, como o valor a ser dispensado por uma fundação privada, abastecida com verba da própria mineradora, com garantia das controladoras Vale e BHP Billiton. A estimativa de custo é de R$ 20 bilhões.

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